terça-feira, 20 de abril de 2010

Eis-me aqui!



A existência e a vida real de cada uma das pessoas no mundo é fruto de um chamado insistente do Criador, de uma proposta de construção do ambiente da vida, tendo como finalidade o bem de todos. O fim é alcançado com satisfação quando existe entrega e disposição para construir e fazer acontecer o bem.

É fundamental a busca de novas formas de agir, lançando mão das atuais tecnologias modernas, de tudo aquilo que é capaz de dinamizar os compromissos que podem ser assumidos. A profissão, enfrentada com determinação e coragem, é cumprimento de uma vocação, que deve fazer parte do próprio ser da pessoa e de sua opção de vida.

A ideia da pesca é ilustrativa. Não colhemos peixes se não lançamos a rede para pescar. Não basta ter muitos peixes, se ninguém vai recolhê-los. Não conseguimos o bem, se ele não é conquistado e buscado. A realização do bem comum supõe empenho e trabalho de todos.

O Evangelho fala de "pesca milagrosa" feita pelos discípulos de Jesus. Os pecadores acreditaram no pedido do Mestre, lançando novamente as redes, apanhando grande quantidade de peixes, quase impossibilitando a rede de aguentá-los. Temos que confiar naquilo que fazemos, se o fazemos com honestidade e com convicção.

Os mestres da vida devem ser seguidos numa atitude de disponibilidade. Eles são testemunhas do caminho que deve ser percorrido. "Eis-me aqui" significa confiança no bem que poderá ser feito. Nunca vamos construir uma sociedade nova sem pessoas com abertura para o serviço e convictas de sua missão como construtoras do bem.

A Palavra de Deus é uma força recriadora de novas culturas. Ela sempre nos convoca dentro do contexto e da realidade para uma entrega generosa na construção da comunidade ideal. O atendimento ou a resposta concreta deve ser abrangente, porque formamos um todo comunitário.

É forte uma expressão do profeta Isaías, quando ele diz ao Senhor: "Aqui estou! Envia-me!". Mesmo dentro de nossas limitações podemos dizer: "Eis-me aqui", e trabalhar para construir uma sociedade fraterna autêntica e saudável.

Dom Paulo Mendes Peixoto.
Bispo de São José do Rio Preto.

sábado, 17 de abril de 2010

ENCONTRO DE ESPIRITUALIDADE GERAL DO APOSTOLADO DA BÊNÇÃO



"Deus nos marcou com um selo e colocou em nossos corações a garantia do Espírito Santo."


Já agendamos o Encontro semestral de espiritualidade direcionado a todos os servidores da Bênção de todos os DJCs Locais: Intercessão, Ministros de Oração, Devoção Mariana, Serviço de Liturgia e Pregadores que se realizará no dia 16 de maio, na Casa Graça e Paz.

Somos um só Discipulado,embora estejamos exercendo nossos ministérios em locais diferentes. Estamos lá em nome do DJC, a quem Deus designou a ser um só, movidos por um só Espírito e alcançados pela mesma misericórdia. Por isso, esse encontro tem por objetivo fortalecer essa unidade.

Desde já peço a todos que comecem a rezar nesta intenção com louvores e súplicas a Deus. Creio que Ele já reservou para nós muitas graças, bem como o entendimento no exercicio de nossa vocação especifica dentro da Obra. "Somos participantes da natureza divina". Convido-os também a meditar 2Pd 1, 3-11 e abrir-nos o nossos corações, pois se confiarmos inteiramnete no Senhor, nosso Deus, nada nos será negado.

Outro dia li um trecho de um artigo que copiei, pois no momemto senti o quanto as palavras nele expressas foram impactantes ao meu coração. Partilho-as com vocês, já com o desejo profundo de que nossa vocação seja aprimorada no poder do amor salvífico do Senhor e na baertura do nosso ser no acolhimento da mussão que Ele mesmo escolheu para nós:

“Assim, pois, isto é, desta forma e somente desta forma, não de outra forma, mas desta forma, qualquer um de vós – qualquer um, você ou eu, qualquer um de nós – que não renuncia a tudo, tudo, não a metade, não a uma parte, mas tudo, tudo o que tem, tudo o que é... tudo! Não pode ser discípulo de Jesus. Não tem como segui-lo. Não tem como ser como Ele, que deixou tudo para seguir a vontade do Pai. Não tem como viver a magnífica vocação que Nosso Senhor nos deu! Esta vocação exige, exige a radicalidade evangélica, exige o sacrifício de nós mesmos, de tudo o que somos e temos, exige o seguimento radical de Jesus Cristo Nosso Senhor.”

Outros direcionametos ser/ao dados aos articuldores locais.

Graça e Paz!
Leila- Conselheira Geral AB

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Renovados pelo Espírito



Conhece-se uma árvore pelos frutos, e não pela casca

“Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele” (Romanos 8,9).

Se quero ser de Jesus, preciso ser conduzido pelo Espírito de Jesus, que é o Espírito Santo: Aquele que gerou Jesus no seio de Maria e conduziu toda Sua vida e que o mesmo Jesus nos deu na cruz, segundo São João, quando Sangue e Água saem do Seu coração. Aquele que Ele soprou sobre os discípulos no dia da ressurreição, num domingo de manhã, quando o Espírito caiu em Pentecostes, é esse mesmo Espírito que foi derramado.“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará vida a vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Romanos 8,11).

Nem quando caímos no pior pecado o Espírito Santo nos abandona. O terrível do pecado é que não foi só na cruz que Jesus se fez pecado por nós. Cada vez que pecamos, levamos o Espírito Santo e Jesus. Uma vez que comungamos, como receptáculos da Trindade, levamos o Espírito Santo, Jesus e o Pai a pecar.

Quem se deixa conduzir pelo Espírito produz os frutos do Espírito. Assim, é muito fácil para as pessoas com quem convivemos perceberem se somos ou não batizados no Espírito Santo. É pelos frutos que vemos se uma pessoa é batizada no Espírito Santo.
Conhece-se uma árvore pelos frutos, e não pela casca. Então, quais frutos que estamos deixando o Espírito Santo produzir na nossa vida? Aqueles que acolhem o Espírito produzem os frutos do acolhimento, enquanto aqueles que resistem ao Espírito produzem os frutos da resistência.

Nosso serviço, nossa vida, realiza-se conforme a renovação do Espírito, e não mais sob a autoridade envelhecida da letra. Renovação não é inovação, não é estar em busca de novidades e nunca estar satisfeito. Renovação é descobrir, a cada dia, esse novo que há em mim, é restaurar. E restaurar é dar novo vigor baseado no modelo original, o de Jesus Cristo e Maria Santíssima.

Para restaurar uma obra de arte é preciso conhecer o artista que realizou o trabalho. Jesus e o único ser entre nós que conhece o coração do Pai. Quando deixamos de lado o pecado e buscamos as coisas do alto (Col 3) ocorre um processo de restauração, à imagem daquele que nos criou. Se quisermos ser felizes, também temos que ser cheios dessa graça.

(Artigo extraído do livro “Renovados pelo Espírito Santo”)
Pe. Leo - SCJ