sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Em 2011, estejamos atentos ao chamado do Senhor!



“Avance para águas mais profundas e lancem as redes para a pesca.”

Ano Novo me faz lembrar esta bonita passagem do Evangelho de São Lucas, quando os discípulos tiveram uma experiência marcante com Jesus. Eles já estavam cansados. Haviam trabalhado a noite toda, sem nada apanhar. Estavam cansados de tentar pescar, mas o Senhor os chamou a recomeçar. Vejamos o que diz o trecho: “ Avance para águas mais profundas e lancem as redes para a pesca. Simão respondeu : “Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção a tua palavra, vou lançar as redes”. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se arrebentaram. Então fizeram sinais a seus companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles foram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. Quando Simão Pedro viu isso, atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, Afasta-te de mim, porque sou um pecador! É que o espanto tinha tomado de conta de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer… Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo, e seguiram a Jesus.” (Lc 5, 4-7).


Posso ver algumas aplicações para nós neste tempo em que estamos entrando, um novo ano, um recomeço. Assim como os discípulos, muitos de nós estamos cansados. Não nos cansamos no pecado, mas tentando pescar, ou seja, na própria obra de Deus. Nos esforçamos tanto e muitas vezes acabamos com a sensação de que não pegamos nada! Mas Jesus ordenou que os discípulos tentassem mais uma vez, não desistissem, não desanimassem. Ao contrário! Ele ordenou que lançassem as redes de novo, só que agora, eles deveriam ir onde as águas são mais fundas.


As águas mais fundas falam de mais trabalho, de gastar mais tempo para chegar ao lugar ideal, onde as redes serão jogadas para uma pesca maravilhosa. Jesus nos manda ir além de onde já temos ido em todas as áreas de nossas vida, mas podemos pensar nesse convite como uma necessidade de buscá-lo mais. De investir mais tempo em Sua presença, buscando as águas mais fundas do Espírito. Mais tempo em oração, mais tempo em intercessão, mais tempo em adoração, mais tempo na Palavra, águas mais fundas.


É interessante perceber a resposta de Pedro. Ele foi tão sincero. Disse que realmente estava cansado, mas porque Jesus estava mandando, ele obedeceria. E essa deve ser a nossa atitude também. Por isso, em Nome de Jesus, busquemos a Ele, fonte de Vida e Salvação. Avancemos um pouco mais na constituição de nossa fraternidade, no crescimento de nosso ministério. Se estamos cansado, ate justificável pelas lutas do nosso dia a dia, mas não deixemos de navegar para as águas mais profundas. È um pedido do Senhor!


Dê uma nova chance a si mesmo e obedeça a voz do Senhor te chamando para ir mais fundo! Liberte-se de tudo o que te prende à margem. Solte as ataduras, os laços, rompa os limites que te impedem de ir além nos propósitos de Deus para a sua vida. Talvez isso signifique mudar a direção do seu barquinho. Tenha coragem e mude. Seja ousado para obedecer a nova direção de Deus para você e seu ministério, pois Ele te chama para ir mais fundo, sair do confortável e seguro e arriscar, acreditar, ter fé e ir aonde Ele quer que você vá. É nesta obediência que experimentamos o milagre, o sobrenatural.


Eram tantos peixes que as redes quase se romperam e o barco estava a ponto de afundar. Outros ministérios (outros barquinhos) foram ativados para ajudar a Pedro nesta pesca maravilhosa. E se esperamos o sobrenatural de Deus em nossas vidas e ministérios vamos precisar fazer as coisas da maneira de Deus, no lugar, na hora, como e quando Ele determinar. E geralmente, Ele nos permite chegar ao cansaço, às tentativas frustradas das nossas próprias maneiras e métodos, para sabermos a diferença de quando Ele faz as coisas acontecerem!


O mais lindo, porém, foi que o resultado da pesca, os números, os recursos representados pelos tantos peixes, não puderam ofuscar a revelação de Jesus que os discípulos tiveram com esta experiência. Pedro se jogou aos pés do Senhor reconhecendo seus próprios pecados, sua fragilidade, sua humanidade, e viu Jesus como o Santo, digno de adoração, Senhor e Mestre, Deus encarnado, Deus conosco.


Que neste ano de 2011 possamos recomeçar, apesar de todo cansaço e desânimo. Que obedeçamos e nos lancemos na nova direção, onde as águas são mais fundas. Que nos surpreendamos com aquilo que só Deus pode fazer: uma pesca maravilhosa. E que em assombro nos prostremos diante dAquele que é digno de toda adoração, o nosso Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Oração: Fonte de oxigênio



Enquanto estivermos nesta vida, estaremos num vale de lágrimas, gemendo e chorando. Não pense que Deus é mágico e que, de repente, tudo vai se transformar em sua vida e você nunca mais vai ter problemas e sofrimentos: este é um terrível engano em que o próprio diabo nos coloca e que nos fragiliza. É totalmente o contrário: por nossa vida ser o que é, precisamos rezar sem cessar.

Ninguém consegue ficar por um período muito prolongado debaixo d’água; depois de um tempo, por mais resistência respiratória que possua, é obrigado a vir à tona, senão morre. É diferente se você o faz como os mergulhadores profissionais que usam máscara de oxigênio e respiram tranqüilos. Se o oxigênio termina ou alguma coisa acontece, eles têm de subir depressa para a superfície da água, senão morrem. Porém, enquanto o oxigênio flui, eles então tranqüilos, nadando no mais profundo do mar.

A receita para vivermos neste vale de lágrimas é justamente este "fluir do oxigênio", que é a oração. Ela é oxigênio de Deus para nós. Ninguém agüenta viver neste vale de lágrimas se não estiver munido desse "oxigênio".

Os Anjos que não foram desobedientes e, portanto, já venceram, querem que vençamos também; não querem que terminemos no fundo do mar da vida. Quando oramos, o "oxigênio" nos é ministrado pelos Anjos e santos que vêm em nosso socorro para conseguirmos agüentar as dificuldades do dia-a-dia.

Assim diz o Livro do Apocalipse: “O diabo desceu para junto de vós, cheio de grande furor, sabendo que lhe resta pouco tempo” (Ap 12,12b). Veio para nos destruir e com fúria. Se não somos pessoas orantes, perecemos. Não sejamos nadadores ingênuos! Por melhores mergulhadores que sejamos, se não tivermos oxigênio suficiente, não conseguiremos. E mais: o oxigênio precisa fluir continuamente.

Não conseguimos ficar sem oração; sem o fluir do "oxigênio" que a oração nos proporciona. Por isso, precisamos interceder uns pelos outros, apresentando continuamente as nossas necessidades a Deus. Como São Paulo disse: “Orai incessantemente” (1Ts 5,17). Esta é a receita. Neste vale de lágrimas, a receita é orar sem cessar!

O Senhor quer despertar em nós a certeza de que nossa oração é atendida. É muito simples; compreenda o exemplo: o nadador testa o cilindro de oxigênio antes de entrar na água. Quando o faz, ele tem certeza de que funciona tanto em cima como embaixo d’água. As leis do Reino de Deus funcionam “lá em cima” e funcionam “aqui embaixo”. O problema é que não as colocamos em funcionamento aqui na terra. Se estamos com preguiça e não abrimos o oxigênio hoje, se não o abrimos amanhã e assim por diante, acabamos morrendo. Se não oramos, perecemos. Se não abrimos a "válvula do oxigênio", que é a oração, morremos.

Se estamos chateados, com algum problema, é justamente por essa ração que devemos abrir mais o "oxigênio", e isso significa rezar mais! Se você está cansado, sem forças, você precisa rezar. Talvez, sem forças, você somente pronuncie: “Meu Deus, piedade! Meu Deus misericórdia!” Mesmo que seja apenas “Meu Deus!” ou apenas “Jesus”. O importante é você estar orando, e o oxigênio haverá de borbulhar.

O Evangelho de São Mateus nos instrui assim:

“Em verdade eu vo-lo declaro: tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18, 18).
No capítulo 16, São Mateus traz essa palavra de Jesus dirigida a Pedro, chefe da Igreja. Aqui no capítulo 18, ela é dirigida a todos nós. Na Igreja toda, quem liga a Terra ao Céu é Pedro. Mas em nossas situações particulares quem deve fazê-lo somos nós.

Na sua casa, na família, nas mil situações do seu dia-a-dia, quem liga a Terra ao Céu, pela oração, é você. Se você reza, a ligação se faz e o "oxigênio" flui. Se não reza...

O oxigênio funciona em cima e embaixo da água, mas, se você não o liga, ele não funciona. Mais uma vez: mesmo que, no barco, o cilindro esteja cheio de oxigênio, se o mergulhador no fundo do mar não o abrir...

O que falta? Falta ligar embaixo, ou seja, aqui na Terra. Se já choramos muito neste vale de lágrimas e fomos ao fundo do poço, é porque não orávamos como era preciso; não rezávamos com a fé necessária. Capriche na oração! Treine cada vez mais! Ore sem cessar! Se desligou o "oxigênio", ligue -o outra vez. Volte a rezar!

Vejamos o exemplo de Epafras, discípulo de Paulo:

“Saúda-vos Epafras, vosso conterrâneo; este servo de Jesus Cristo não cessa de travar por vós o combate da prece, a fim de que permaneçais firmes, perfeitos, dando pleno consentimento a toda a vontade de Deus” (Cl 4,12).

Ele não cessa de travar o combate da prece. São Paulo reconhece nele essa qualidade de intercessor e o apresenta como modelo aos cristãos do seu tempo. Eles não podem deixar de travar o combate da prece.

É isso que o Senhor apresenta hoje a nós, que vivemos neste vale de lágrimas. Eu e você não podemos deixar de travar o combate da prece.


Retirado do livro: Anjos companheiros no dia-a-dia - Padre Jonas Abib.

domingo, 7 de novembro de 2010

"Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e tua família".



Esta se aproximando a grande Festa da salvação: o KAIRÒS. Celebramos esta data sempre por ocasião da Festa de CRISTO REI DO UNIVERSO, nosso Senhor e autor da Obra DJC.

Como todos os anos trazemos um tema que no ajude na evangelização, na busca de apresentar mais discipulos para Cristo, mais almas para Deus, neste de 2010 o Senhor nos iluminou a rezarmos, a pedirmos pelas familias; a suplicar a Cristo Jesus, Fonte de Vida e Salvação, por nossos entes queridos.

O livro dos Atos dos Apóstolos vem ao encontro da nossa realidade, do nosso desejo. Existe um poder na Palavra de Deus, que é curador, libertador, restaurador e que só o experimenta aqueles corações que se abrem a ela e a acolhem. Essa passagem vem em nossa vida e não nos deixa como estávamos antes. Você não será o mesmo depois de ouvi-la.

“Pela meia-noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam um hino a Deus, e os prisioneiros os escutavam. Subitamente, sentiu-se um terremoto tão grande que se abalaram até os fundamentos do cárcere. Abriram-se logo todas as portas e soltaram-se as algemas de todos. Acordou o carcereiro e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que os presos haviam fugido. Tirou da espada e queria matar-se”.Mas Paulo bradou em alta voz: 'Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui. Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas.Depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: Senhores, que devo fazer para me salvar? Disseram-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família” (At 16,29-31).


Eis ai a promessa de Cristo! E o que você tem feito diante dessa promessa para ser salvo, para que sua famila também siga a Jesus? Você crê?. Se sim, lembre-se que crer não é apenas acreditar; é muito mais do que isso, é aderir, assumir para si,deixar-se envolver...


Talvez, o que lhe falte seja um encontro pessoal com Jesus, pois, assim, você passará a experimentá-Lo em sua vida e, meus irmãos amados, o Kairós é o momento em que o Senhor vai falar só para você e lhe dar a resposta que você estava buscando. Tenho certeza de que você vai experimentar, sair diferente, consumido por um fogo novo, com uma ânima nova.

Ta esperando o que? Comece desde agora a preparar seu coração. Deseje, queira conhecer o Senhor e como Zaquel,aceita o convite de Jesus em hospeda-se em tua casa(Lc 19, 1-11), em teu coração e "SERÁ SALVO TU E TUA FAMILIA"e haveremos de ser consumidos pelo uqe acende a alma e faz revivê-la.

QUE IR? EIS AQUI O QUE TE OFERECEMOS:

KAIRÓS NA SEDE DO DJC -FORTALEZA- 20/11/10
KAIRÓS NA SEDE DO DJC-PALMACIA- 27/11/10
KAIRÓS NA SEDE DO DJC- CASCAVEL- 04/12/10


Estaremos esperando por você!!!!!!!!!!!!!

Graça e Paz!

Leila Lemos
Conselheira Geral do Apostolado da Bênção

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nova Evangelização - É preciso reacender em nós zelo das origens



Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos e lhes deu uma ordem: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Deu-lhes essa ordem porque tinha consciência do grau de amizade que havia entre eles, sabia que sua pessoa e sua mensagem estavam impregnadas de forma profunda no coração – fonte central de onde emanam as decisões, os impulsos desinteressados do amor – dos seus discípulos.

Diante da recomendação incisiva de Jesus, os discípulos decidiram com mais radicalidade dar uma resposta concreta, com a própria vida ofertada em testemunho da pessoa admirável, apaixonante, sedutora de Cristo, o único capaz de fazer o homem verdadeiramente feliz.

Ardia dentro deles uma brasa que se transformava em chama vida, em sede de Deus, que nunca os deixava em paz, como a sarça ardente que sempre ardia e nunca se consumia. Uma sede enigmática que, quanto mais saciava, mais insaciável se tornava. É certo que, só um coração deslumbrado, seduzido pelo Altíssimo, não se reduz a alguns esquemas mentais, porções de palavras, lógicas e especulações humanas que emergem da pobre visão que se tem de Deus: um deus que não queima, não refresca, não alimenta, não estremece, não seduz; é uma idéia, uma teoria, um deus que não é o Deus vivo.

Hoje, também o Papa nos conclama a “lançarmos as redes”, tornarmo-nos “pescadores de homens” para levá-los à fonte da felicidade, que é o próprio Cristo. Mas para desempenharmos esta missão é necessário termos um coração apaixonado.

São estas as palavras do nosso pastor: “É preciso reacender em nós o zelo das origens, deixando-nos invadir pelo ardor da pregação apostólica que se seguiu ao Pentecostes. Devemos reviver em nós o sentimento ardente de Paulo que o levava a exclamar: ‘Ai de mim se não evangelizar’.” (No Início do Novo Milênio).

Só quem tem um coração apaixonado – como o de Paulo, que tudo perdeu, enfrentou tempestade, correu risco de vida, consumiu a vida por Cristo e, movido por sua graça, partiu, serviu, dispôs-se a tudo, sem cálculos ou reservas, por amor a Deus e aos que sofrem, por paixão a Cristo e aos homens, paixão esta que desemboca em missionariedade – é inflamado pela pessoa de Cristo e por sua mensagem de paz e de amor e contagia outras pessoas.

Diz ainda o Papa: “É preciso um novo ímpeto apostólico, vivido como compromisso diário das comunidades e grupos cristãos... Cristo há de ser proposto a todos com confiança. A proposta deve ser feita aos adultos, às famílias, aos jovens, às crianças, sem nunca esconder as exigências mais radicais da mensagem evangélica, mas adaptando-a, quanto à sensibilidade e à linguagem, à situação de cada um, segundo o exemplo de Paulo, que afirmava: ‘Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a todo custo’.” (No Início do Novo Milênio).

Só quem teve uma experiência real com Jesus é capaz de ser sua testemunha, e nós sabemos que milhares e milhares de pessoas, no mundo inteiro, tiveram essa experiência, foram agraciadas pela ação poderosa, forte e transformadora do Espírito Santo, experimentaram o amor infinito e profundo Deus, capaz de tudo pelo homem, por cada homem.

O encontro com Jesus nos leva a experimentar concretamente a cura da alma, do coração e do corpo. É uma experiência de liberdade que produz inevitavelmente a felicidade, perdoamos, amamos nossos inimigos, amamos a Igreja e nos comprometemos com ela, com a comunidade a que pertencemos; louvamos sem cessar, mesmo nas tempestades; queremos permanecer por horas infindáveis na presença do nosso Amado, conhecer sua Palavra e sua Mãe com mais intimidade; sentimo-nos irmãos de todos, amamos a todos sem distinção de raça, cor, classe social, cultura...

As colunas do nosso “eu” se derretem na fornalha do amor. Somos mergulhados na morte de Cristo e com Ele ressuscitamos. A nossa história – passado, presente e futuro – muda quando experimentamos o amor de Deus, quando o Pai emerge do mais profundo do nosso coração com um olhar amoroso, envolvendo-nos com um amor sem medidas... Diante de tudo isso, só nos resta permanecer imóveis, paralisados, vazios de tudo.

Tendo provado dessa experiência, não podemos retê-la para nós mesmos. Somos impulsionados a partilhá-la, a divulgá-la, a partir em direção aos irmãos para falar de Jesus e do que Ele pode fazer por nós, ministrar o shalom do Pai ao mundo. É urgente a evangelização, principalmente nestes tempos em que a paz está tão ameaçada. Evangelizar é anunciar a paz. Jesus é o Príncipe da Paz, Ele veio trazer a reconciliação dos homens com Deus, e dos homens entre si. É preciso ministrar a graça da salvação que inunda todo o nosso ser e nos faz criaturas novas.

Um dos maiores serviços de promoção humana é a evangelização. O encontro com Jesus resgata a excelência da dignidade humana, coloca o homem em harmonia com Deus, tira-o do vale da mentira que o seduz e o coloca no cume da montanha da verdade.

Não existe experiência melhor na vida de um homem do que ser evangelizado. Deus preenche o vazio do nosso coração dolorido, machucado, muitas vezes exilado em terras distantes da caridade, da misericórdia de Deus.

Evangelizar é assumir uma causa com todo o coração, é colocar-se ao inteiro dispor para ser instrumento do amor de Deus. É ser ponte sobre o abismo aterrador que existe entre os homens que estão longe de Deus. É ser canal da presença pura e essencial, amante, envolvente, onipresente de Deus. Essência da existência e fundamento do ser do homem.

Era o que sentia e expressava São Francisco de Assis: “Meu Deus e meu tudo!”, é a maravilhosa graça de ser “porta” para os homens passarem para Deus, para o vasto oceano do seu amor, do qual já se provou. É ser instrumento para retirar a poeira da confusão, do pecado e da dor. É muito mais do que cantar, pregar, escrever, pastorear, ensinar, rezar por cura, aconselhar, dançar, interceder, falar de Jesus... é dar a vida. É sofrer por amor.

Convém compreender que a palavra paixão encerra amor e dor. Foi isto que São Paulo viveu por Jesus e pelos homens, seus irmãos, uma paixão arrebatadora, que o deixava fora de si, por aquele que é enormidade, imensidão, eternidade, transcendente a si mesmo.

Só importava a São Paulo absorver Jesus e fazê-lo absorvido pelos seus irmãos, vivê-lo com a máxima potencialidade e fazer com que os outros, o maior número possível de homens, o vivessem assim também.

Evangelizar com o “ardor da pregação apostólica que se seguiu ao Pentecostes”, como nos conclama o Papa, é fazer Deus conhecido por todos os povos, é revelá-lo a eles. E deste conhecimento e revelação acontece a libertação do homem. É sermos mediadores da graça de salvação para o mundo. Ir ao encontro do menor irmão e ajudá-lo a conhecer a vontade de Deus.

O evangelizador cheio de ardor apostólico precisa se configurar a Jesus Cristo, ter os seus pensamentos, sentimentos, visão, dar a vida pelas ovelhas. Às vezes, enganamo-nos pensando que estamos dando a vida por Deus e pelos seus queridos, quando na verdade estamos dando a vida por nós mesmos. Deus está servindo apenas de palanque para aparecermos e buscarmos nossa glória. Por isso, o evangelizador precisa fazer-se pequeno e dedicar-se, entregar-se, empenhar-se consumindo-se pela salvação em Cristo Jesus de cada pessoa, de cada homem que lhe foi confiado. Por todos e por cada um.

Para evangelizar com ardor apostólico é preciso não dar satisfação ao próprio “eu”, não se justificar, esquecer-se, negar-se a si mesmo, não querer ter direitos, regalias, para que os outros tenham vida. A este evangelizador, o que poderá ofender? Nada! Nenhuma situação dolorosa ou imprevisível pode ferir ou desintegrar a estabilidade psíquica de um pobre de Deus que deseja anunciá-lo a todo custo.

O evangelizador deve repousar o seu olhar, como Jesus, sobre aquelas pessoas sofridas, cansadas, feridas, exaustas, desgastadas pelo mundo... Deve enxergar a necessidade de cada pessoa e tudo fazer para que ela experimente o amor, a caridade, a acolhida, o cuidado, a cura de seus males, o bom alimento que é Jesus Cristo. Somos chamados a ser um sinal de Cristo no meio dos irmãos, a ofertar a nossa vida em favor deles.

Ao olharmos para as pessoas e a situação em que hoje, infelizmente, muitas delas se encontram, percebemos que faltam operários para a messe, que é abundante. Faltam evangelizadores que se disponham a tudo, não meçam esforços, esqueçam seus problemas e suas feridas, esqueçam o seu descanso e velem sobre o rebanho do Senhor. O homem não descansará no instante em que morrer, mas a partir do momento em que passa a viver com Deus.

O evangelizador precisa colocar o coração naquilo que faz. Com o coração ofertado o homem convence, arrebata e apaixona outros. Incendeia os demais corações por Cristo quem põe o seu próprio coração a serviço dele. Somente um coração apaixonado é capaz de contagiar de amor outros corações.

Por isso, você, que agora lê este artigo, não hesite, siga os impulsos do seu coração. Não seja surdo ao amor, não se incline para a razão prescindindo do amor. O amor vem da fé, e a evangelização é fruto do amor.

Vá agora! Não espere! Não calcule! Não tenha medo! Não adote medidas ou cautelas. Tenha confiança, ponha-se a caminho, a serviço dos que precisam encontrar o amor de Deus, a liberdade de todo o seu ser. Abandone tudo o que prende ou obstaculariza você, porque só Deus vale a pena. Tudo é nada diante dele: estudos, trabalho, hobbys, diversões, expectativas, planos e ilusões...” Tome uma decisão, Ele o espera. Ele precisa de você. Ele o chama. Você colocou a mão no arado..., não olhe para trás, se o fizer, não é apto para o Reino (cf. Lc 9,62).

Ponha suas mãos nas mãos de Deus e se lance no imprevisível, sem medo. Vá decidido, sem pensar duas vezes. Doe sua vida a Deus e aos irmãos. Aja imediatamente. Vença o respeito humano, supere seus preconceitos. Evangelize com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todas as suas forças! Muitos precisam de Deus, de paz, de amor. Mãos à obra, porque pouco ou nada fizemos. Por amor a Jesus, deixe seu coração vencer a razão!

Germana Perdigão
Consagrada na Comunidade de Aliança Shalom

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

“Que todos sejam um... para que o mundo creia”


“... que todos seja um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”
(Jo 17,21).

“Este texto do Evangelho de São João nos coloca, com a mente e o coração no Cenáculo, o lugar da Última Ceia, onde Jesus antes da sua Paixão reza ao Pai pelos apóstolos. Logo depois de lhes confiar a Santa Eucaristia, os constituiu ministros da Nova Aliança, continuadores da sua missão de salvar o mundo.

Nas palavras do Salvador emerge o gritante desejo de resgatar a humanidade do espírito e das lógicas do mundo. Ao mesmo tempo, emerge a convicção de que a salvação passa através daquele ser “uma coisa só”, que, ao modelo da vida trinitária, deve caracterizar a experiência cotidiana e as escolhas de todos os seus discípulos.

“Ut unum sint! – Para que todos sejam um!” (Jo 17,21). O Cenáculo é o lugar da unidade que nasce do amor. É o lugar da missão: “... para que o mundo creia!” (ibidem). Não acontece evangelização autêntica sem a plena comunhão fraterna.

Por isso, na tarde do primeiro dia depois do sábado, manifestando-se no Cenáculo aos seus discípulos, o Ressuscitado confirma a estreita ligação entre missão e comunhão, dizendo a eles: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21) e acrescenta: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,22-23).

E ainda no Cenáculo, no dia de Pentecostes, os apóstolos reunidos com Maria, a Mãe de Jesus, recebem o Espírito Santo, que se manifesta “como um vento impetuoso que veio do céu e encheu toda a casa onde se encontravam, enquanto línguas de fogo ... se dividiam e pousavam sobre cada um deles” (At 2,3). Do dom de Cristo ressuscitado nasce a humanidade nova, a Igreja, na qual a comunhão vence a divisão e a dispersão, geradas pelo espírito do mundo e simbolizadas pela narração bíblica da Torre de Babel: “cada um os escutava falar na sua própria língua” (At 2,6). Tornados uma coisa só pela obra do Paráclito, os discípulos se tornam instrumentos do diálogo e da paz e iniciam a sua missão de evangelizar os povos.

“Para que todos sejam um”. Este é o mistério da Igreja desejado por Cristo. A unidade fundada sobre a Verdade revelada e sobre o Amor não anula o homem, a sua cultura e a sua história, mas o insere na comunhão trinitária, onde tudo o que é autenticamente humano torna-se enriquecido e potencializado.

É este um mistério bem significativo também nesta liturgia, concelebrada por Bispos e Sacerdotes católicos de tradição oriental e de tradição latina. Na humanidade nova, que nasce do coração do Pai e que tem por Cabeça Cristo e vive pelo dom do Espírito, subsiste uma pluralidade de tradições, de ritos, de disciplinas canônicas que, longe de insidiar a unidade do Corpo de Cristo, ao contrário a enriquece dos dons trazidos por cada um. E nela se repete continuamente o milagre do Pentecostes: homens de línguas, tradições e culturas diversas se sentem unidos na profissão da única comunhão, que nasce do Alto.

“Um só corpo, um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação com que fostes chamados” (Ef 4,4). Na realidade dos mártires da vossa Igreja não aparece a realização das palavras do apóstolo Paulo? Ele dizia aos cristãos de Éfeso: “Exorto-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação com que fostes chamados: com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,1-3).(...)

“Ut unum sint!” Queremos unir-nos à oração do Senhor pela unidade dos seus discípulos. É uma invocação pela unidade dos cristãos. É uma oração incessante, que se eleva dos corações humildes e disponíveis a sentir, pensar e trabalhar generosamente para que possa se realizar o desejo de Cristo. Desta terra, santificada pelo sangue de inteiras fileiras de mártires, elevo convosco a minha oração ao Senhor para que todos os cristãos voltem a ser “uma coisa só”, segundo o desejo de Jesus no Cenáculo. Possam os cristãos do terceiro milênio apresentar-se ao mundo com um só coração e uma só alma!

Confio este ardente desejo à Mãe de Jesus, que desde os inícios reza com a Igreja e pela Igreja. Possa ela, como no Cenáculo, sustentar-nos com a sua intercessão. Guie-nos sobre a estrada da reconciliação e da unidade, para que em toda parte da terra os cristãos possam finalmente anunciar juntos Cristo e a sua mensagem de salvação aos homens e às mulheres do novo milênio.

Papa João Paulo II

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REDE DE INTERCESSÃO


Queridos Irmãos e irmãs do Blog,

Graça e Paz da parte de nosso Amadíssimo Deus!

Estamnos iniciando hoje nossa Rede de Intercessão pelo BLOG. Nesta semana quero convidar todos a suplicarmos pela Unidade do Discipulado, num só coração e numa só alma, pois é o 'Espírito Santo quem nos une num só corpo, em seu Amor'.

O próprio Jesus orou pela unidade dentro da Sua Igreja: "que eles sejam um, assim como nós somos um" (João 17.11). Daí, a busca desta unidade é essencial para os Cristãos e devemos nos esforçar ao máximo para que ela se torne uma realidade: "Mantenham entre vocês laços de paz, para sonservar a unidade do Espírito. Há um só corpo e um só Espirito, assim como a vocação de vocês, que age por meio de todos e está presente em todos" (Ef 4.3-6).

Eis aí o esforço que peço a cada um, de modo especial aos que fazem o Apostolado da Bênção de cada DJC Local. É nosssa luta, é nosso esforço! É hora de cada um de nós levantarmos as mãos aos céus em intercessão, é hora de dobrarmos os joelhos diante do Senhor, e conquistar no poder de Deus a vitória tão esperada, e se ela não vier o Senhor nos dará forças para suportar a provação e as adversidades. È hora de dobrar a vigilância e não cairmos na tentação de cansarmos de interceder, na tentação do isolamento sem valorizar a dimensão comunitária.

Nesta perspectiva, trago para que meditemos um texto postado por Pe. Roger da Com. CN que tras de modo simples e fundamentada na Palavra de Deus, a importância da Intercessão.

"A intercessão muda qualquer situação. Veja Moisés ao interceder por Israel quando enfrentaram uma grande batalha contra os amalecitas que eram um povo muito mais preparado para a guerra do que eles que estavam saindo de um tempo de escravidão no Egito. Era num sentimento de fraqueza que esse povo se encontrava, sem muita esperança, sem muita solução, achando o inimigo muito mais forte, maior do que suas capacidades, imbatível. Porém, Moisés deu uma ordem ao seu servo Josué: “Escolhe alguns homens e sai para combater contra os amalecitas. Amanhã estarei de pé no alto da colina com a vara de poder divino na mão”. (Js 17, 9).

Se percebemos a ordem de Moisés, ele deixou de confiar somente nos homens que foram escolhidos para irem a essa batalha, existia algo muito diferente acontecendo neste combate, pois esse grande líder chamado Moisés, decidiu fazer uma linda experiência - colocar Deus no combate - ou seja, alcançar a vitória no poder de Deus, na força da intercessão, e não simplesmente pela força humana.

Essa deve ser também a nossa postura, de todos nós que enfrentamos essas inúmeras batalhas no dia-a-dia, todas aquelas que já mencionei e as que não mencionei e que você as esteja vivendo. Colocar Deus na frente destas batalhas, conquistando a vitória pelo poder da intercessão, do clamor, das mãos levantadas e dos joelhos dobrados e calejados. Preciso dizer para você nesta hora: ESTA SITUAÇÃO TEM JEITO!!!


“Enquanto mantinha a mão levantada, Israel vencia, mas quando abaixava a mão, vencia Amalec”.
(Ex 17, 11). Quando nos decidimos por entregar a Deus tudo o que vivemos através da intercessão, há a certeza da vitória, ou se ela não vem de imediato Deus nos dá forças para continuarmos lutando no meio da tribulação.

Mas percebemos também que Moisés começou a se cansar diante da batalha e não conseguindo permanecer com as mãos erguidas Aarão e Hur foram seus ajudantes nesta intercessão, segurando seus braços para o alto, colocando pedras para que Moisés apoiasse os braços. Isso mostra o quanto precisamos uns dos outros, e principalmente o quanto necessitamos colocar em comum as nossas intenções para a intecessão, fazendo assim uma corrente de oração, para que o Senhor seja o grande vencedor em tudo o que vivemos e entregamos a Ele".

Por isso irmãos vamos a batalha! Coloque-se na presença de Deus e roguemos por essa intenção comum e estaremos fortalecendo nossa missão, bem como nossa caminhada, nossos ministerios e apostolados.

VOCE PODE DEIXAR TAMBÉM SEU PEDIDO DE ORAÇÃO NA CAIXA DE TEXTO AO LADO e nós rezaremos por você.

Mãos e corações à obra!

Leila Lemos
Conselheira Geral do Apostolado da Bênção

sábado, 2 de outubro de 2010

Olhar a pessoa com o coração



Somente um coração curado poderá ter um olhar generoso!

Olhar a outra pessoa com o coração. Esta frase parece estranha, pois nós olhamos com os olhos e não com o coração. Mas estou utilizando esta expressão um tanto poética para dizer que o nosso olhar deve ter sempre uma fonte de julgamento: o coração. Isto porque sempre que olhamos para alguém acontece naturalmente um julgamento, uma análise. Vemos o seu exterior, a situação que se nos apresenta. Quantas vezes olhamos para uma pessoa e a realidade dela naquele momento é reprovável ou triste. Outras vezes olhamos a atitude errada de alguém e logo o julgamos e o condenamos somente com o olhar. Noutro momento a situação é bela e grandiosa: alguém fazendo o bem, outra sendo generoso e o aprovamos de imediato.

A reflexão que estou partilhando com você é esta: o julgamento que exprimo com meu olhar reflete a realidade interior que estou vivendo. A Bíblia diz que o olho é o espelho da alma. Por isso, muitas vezes, quando não estamos bem, quando nosso interior está machucado pelas agressões que a vida nos proporciona, quando perdemos o sentido para fazer algumas coisas, ou estamos precisando ser amados, normalmente vemos e julgamos de forma negativa as situações e as pessoas.

Para olharmos o mundo com o coração, isto é, transformarmos este olhar em um olhar positivo, é preciso curar o próprio coração. Muitos dão nome a isso de cura interior. Todos precisamos de cura interior. E este é um processo que começa quando temos a coragem de apresentar a Deus as nossas feridas, fraquezas, pecados e imperfeições, também os sofrimentos que a vida nos proporcionou, as pessoas que nos feriram, e pedir que a força redentora da cruz de Cristo atinja tudo isso e restaure, com o Seu supremo Amor, os sentimentos do nosso coração. O passo seguinte é projetar em Jesus uma vida nova, uma nova chance de recomeço, deixando para o passado as situações dolorosas, depositando nos sofrimentos de Cristo, na cruz, os nossos sofrimentos e pecados, rancores e ressentimentos, mágoas e decepções.

Somente um coração curado poderá fazer com que você e eu possamos ver o mundo e as pessoas com um olhar generoso, capaz de obscurecer os erros e elevar as suas qualidades. Eu quero chamar isto de: olhar a pessoa com o coração. Mas com um coração renovado e curado.

Quem sabe você também não esteja precisando ter este olhar. Então a dica que eu deixo para você é: procure curar o seu coração, reze nesse sentido e peça a Jesus a sua cura interior, deixando toda a mágoa provocada pelas situações passadas depositadas no coração d'Ele e se abra para uma vida nova. Com certeza, o seu relacionamento com as pessoas com quem convive, seja esposa, seja esposo, namorado, filho, filha, irmãos será iluminado por uma nova luz, a luz do amor.

Deus o abençoe!

Diácono Paulo Lourenço

Fonte: Canção Nova

domingo, 12 de setembro de 2010

Três princípios contra as tribulações


Não há problema que seja maior que Deus

Diante das tribulações e sofrimentos os cristãos precisam ter três princípios espirituais.

Primeira lei espiritual: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus”
. Quando você luta contra a tribulação você não vai desanimar nem se afastar de Deus (cf. Rom 8, 28s). Segundo o propósito de Deus as coisas acontecem em minha vida, não segundo os meus planos e meu querer. É preciso esperar no Senhor, esperar com “esperança”, com confiança. Muitos esperam desconfiando do Senhor e essa não é a maneira certa.

Se nós somos pessoas de fé, mesmo que pareça difícil, acreditamos que Deus cuida de nós. Não há problema que possa ser maior que o Todo-poderoso. Aos olhos do Senhor nós fomos feitos sem defeito, sem manchas, bonitos. “Tudo concorre para o bem de quem ama a Deus” (II Cor, 4 - 16-18). Cristão não desfalece, não perde o ânimo. Quando vivemos muitas pressões o nosso homem exterior não aguenta tanta pressão, mas se estamos bem interiormente, mesmo na dor, aguentamos. O nosso interior não pode ser cheio de coisas velhas, de ressentimentos. Mas, deve ser repleto do Espírito Santo. Não durma guardando ressentimento de alguém, mas ore por quem o feriu e seu coração será livre.

Segunda lei espiritual: “Nossa tribulação é momentânea e ligeira”.
Os sofrimentos, por mais duros que sejam, vão passar. Se você quer receber a glória de Deus, saiba que Ele o está adestrando para você suportar. Quando você sair de um sofrimento você sairá bem melhor, Deus lhe dará o melhor se aguentar com fé. Se você quer receber a glória de Deus, saiba que Ele o está adestrando para você aguentar.

Terceira lei espiritual: “Nos gloriamos das tribulações”, São Paulo dizia que se via cheio de glória até na tribulação. Nós podemos ver de duas formas: “Ver problema onde tem bênção” ou “Ver bênção onde tem problema”. Que tipo de pessoa você é? Benditas sejam as provações, cada tribulação nos vale muito a pena, pois através dela o Altíssimo nos mostra o que Ele quer para nós. O poder de Deus nos liberta do homem velho que exige sempre os seus direitos.

É bom ter pessoas que digam que nos amam, mas só nos ajudam a crescer pessoas que pegam em nosso pé, que quebram o nosso orgulho. Ajudamos mais quando fazemos o outro a sair de si e dando o melhor do que apontando seus defeitos. Quem se reveste da glória de Deus na tribulação consegue superar as dificuldades. Até as pessoas ao seu redor vão ficar felizes, verão o seu testemunho. Abraão foi um homem de fé e não vacilou, ele estava convencido de que Deus é fiel. Esteja convencido de que o Senhor é fiel e poderoso para cumprir o que prometeu. Ele nos deu Suas promessas, tem muita coisa boa para mostrar, mas Ele se revela por meio dos sofrimentos, por isso não amaldiçoe seus problemas, pois não há dificuldade e perseguição que Deus não possa reverter em bênção.

Dê oportunidade para o Todo-poderoso abençoá-lo hoje, diante do problema não olhe para a sua fraqueza, mas para a grandeza de Deus. O único que vai permanecer é o Deus fiel e poderoso! Agarre-se nesta palavra que o Senhor lhe deu hoje. Deus é fiel e poderoso e levará até o fim a obra que Ele começou

Padre Antônio José

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CAMINHAR NUM PROCESSO DE CURA INTERIORl

CURA INTERIOR DA MENTE



Quando falamos de cura interior, falamos de cura da alma. Quando nos convertemos o nosso espírito é vivificado pelo Espírito Santo e é curado da culpa do pecado ( este é o maior milagre de Deus). Está livre para ter comunhão com Deus, mas na nossa alma ficaram feridas, lembranças, traumas, do tempo em que vivíamos na vida de pecado. É importante descobrirmos várias verdades em nossa vida que precisam ser encaradas e enfrentadas. O Espírito Santo é o Espírito da verdade, ele nos revela quem nós realmente somos.

Tudo que Deus revelar durante este tempo, falhas de caráter, pessoas que você magoou, pecados encobertos, etc. Anote. Seja sincero com você mesmo, conheça a verdade e a verdade te libertará.

Todo homem é espírito, alma e corpo. O corpo é diferente da alma e a alma é diferente do espírito. O espírito humano é o ponto de contato com Deus. É através do espírito que o homem tem consciência de Deus e se relaciona com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. A alma é tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos, e decisões. Através da alma o homem tem consciência de si mesmo. O corpo é a forma visível do homem. Com ele o homem se relaciona com o mundo exterior.

Nós não nos conhecemos! Nosso coração é pior do que parece. Sempre agimos pensando em agradar a nós mesmos. Até quando fazemos o bem. É importante reconhecermos que não nos conhecemos para pedirmos a Deus que nos mostre como somos terríveis e enganosos. Deus quer nos dar um coração novo. Não confiemos em nosso coração. Que nosso coração não nos engane!

Temos vários mecanismos de defesa da velha natureza. Para não termos que enfrentar a verdade essa velha natureza caída destrói certos mecanismos de defesa para se proteger contra a ansiedade e o medo. Nos protegemos e enganamos a nós mesmos a fim de que não tenhamos que mudar.

Alguns mecanismos de defesa:

Negação: Negamos algo, mentimos a respeito, não queremos olhar para o problema, nem discutir a respeito, não admitimos que temos mágoas ou ressentimentos. Escondemos, camuflamos. Construímos muralhas em volta de nossos sentimentos para que ninguém descubra nossos fracassos. Deus sabe tudo. Deus sabe todas as coisas.

Racionalização: Não é tão direto como a negação, não é uma mentira direta. É mais sofisticado, tentamos dar razões que justificam o nosso comportamento, achando justificativas para tudo. “Se você não tivesse começado...” Há duas razões para tudo o que fazemos: Uma boa razão e a verdadeira. Nós não enganamos aos outros, mas a nós mesmos.

Projeção: É o pior de todos, avançamos um pouco mais no engano, culpamos os outros pelos nossos problemas. Projetamos nos outros os nossos defeitos. Dizemos que o problema é deles. Finalmente culpamos a Deus. Transferimos nossos problemas para alguém, achamos um bode expiatório. Para andar com Deus precisamos aprender a andar na verdade. Nos sentimos confusos por não conseguir determinar a causa dos nossos conflitos e sentimentos, tais como: medo, mágoa, ira, culpa, vergonha, ansiedade, etc. Isto nos faz sentir mais culpados ainda, e não conseguimos ter um relacionamento sadio e específico com Deus. Ficamos como que em um nevoeiro.

Precisamos descobrir qual o ponto da necessidade específica, perceber qual é o verdadeiro problema a fim de tratarmos com ele. Não podemos confessar a Deus o que não reconhecemos para nós mesmos. Fazemos confissões generalizadas, damos e recebemos perdão também de maneira generalizada e acabamos tendo um relacionamento nebulosos, indistinto, generalizado com Deus.. Temos que dar nomes aos bois. Única maneira de enfrentar as mentiras é enfrentando a verdade. Não há cura enquanto não enfrentarmos a verdade. O Espírito Santo que habita em cada um de nós nos conduzirá a toda verdade. Se você não for honesto e não enfrentar a verdade tratar com a raiz do problema, você vai buscar mecanismos para esconder seu problema, como: drogas, álcool, sexo, etc.

COMO OBTER CURA INTERIOR:


1. Crer que Deus pode nos curar
: Crer no amor e no poder de Deus. Crer na obra de Jesus. Ele é o autor e consumador da nossa fé.


2. Reconhecer que precisamos de cura:
O pior doente é aquele que não se acha doente. Precisamos enfrentar a verdade. Ser específicos com Deus e conosco. Admitir nossos fracassos e tratar de frente. Reconhecer que estamos feridos. Que ferimos outras pessoas. Se dispor para Deus. É certo que muitos ferimentos podem sarar com o tempo. Se a mente puder suportar conscientemente a dor quando esta se manifesta, com o passar do tempo a intensidade da lembrança pessoal irá diminuir. Haverá ainda a dor da recordação, mas perfeitamente suportável. O tempo pode curar todas as lembranças ( memórias) penosas não reprimidas e não infeccionadas. O que não pode ser enfrentado e suportado é negado.

3. Confiar nas pessoas que nos ministram, que podem nos ajudar. Ser transparentes e sinceros: No mundo não é prudente abrir nossos problemas com as pessoas. Mas no reino de Deus, Ele usa os irmãos para nos ajudar. Rasgar o coração: Aí vem o conselho de Deus nas nossas vidas.

4. Localizar a raiz dos problemas: Muitos dos nossos problemas são apenas galhos ou conseqüências de algo mais profundo. Se formos bem sinceros com Deus e conosco mesmo, saberemos de onde vem nossos problemas. Não tratar apenas com atos, mas com as atitudes.


5. Quebrar toda maldição e jugo satânico:
Através da oração, rejeitar em nome de Jesus todo domínio satânico sobre sua vida
.
ÁREAS QUE PRECISAM DE CURA: Mente, vontade e emoções

1. MENTE
Sede da alma ? Intelecto, pensamentos, memórias. Deus deu a capacidade para o homem pensar, raciocinar, refletir, criar. Com a queda do homem a mente foi canalizada para o mal. A mente foi corrompida por causa do pecado. A mente é um campo de batalha, nela alcançamos vitória ou derrota. É tão importante que foi o primeiro alvo de Satanás: Através da imagem e pensamentos. A imagem gera pensamentos. O pensamento gera sentimentos. O sentimento gera uma ação ou reação. Os especialistas em propaganda dizem que se você despertar a emoção de um cliente com relação a um produto, ele já está 90% vendido. Esta sempre será a estratégia do diabo. Com imagens e pensamentos ele traz angústia, medo, insegurança, depressão, mágoa, ressentimento, rebeldia, pecado, etc.

É na mente que estão os elementos básicos para Satanás destruir um homem: imagens e pensamentos ( lembranças, traumas). Estas imagens serão sempre geradas no reino físico e os pensamentos serão misturados com engano, um pouco de verdade e um pouco de erro (distorção de valores).

Satanás quer enganar ao homem quanto:

Ao caráter de Deus ( Imagem distorcida de Deus)
Quanto a si mesmo ( Baixa estima, viver se enganando)
Quanto a seus semelhantes ( Intrigas, ressentimentos)
Quanto a ele mesmo – Satanás ( fazer pensar que ele não é tão mau. Não existe)


Há duas pessoas disputando a nossa mente:

Uma do lado de dentro – o Espírito Santo
Uma do lado de fora – Satanás

O Espírito Santo habita no seu espírito e quer levar sua mente a ser cativa de Cristo, a submeter-se a Deus. Ele não obriga, não invade sem permissão, não constrange.

Satanás usará todo tipo de sutileza para dominá-la e utilizá-la para o mal. Seu objetivo principal é a distorção da verdade de Deus. O deus deste século cegou-lhes o entendimento. A mente é sua e você tem autoridade sobre ela. Você determina que tipos de pensamentos e imagens serão abrigados nela. “Não posso impedir que os pássaros voem sobre a minha cabeça, mas posso impedir que façam ninho sobre ela”. A Palavra de Deus sempre apela para renovarmos nossa mente ( Rm 12,2; Fil 4,8).

É na mente que estão arquivadas todas as nossas lembranças, boas e ruins. É na mente que estão alojadas as maiores fortalezas ( complexos). É na mente que atuam vários tipos de espíritos.

ALGUNS TIPOS DE ESPÍRITOS QUE OPERAM NA MENTE:
ORGULHO, INCREDULIDADE, REBELIÃO, AMARGURA, CRÍTICA, INFERIORIDADE, CIÚME, SUSPEITA, FRACASSO, COMPETIÇÃO, SENTIMENTO DE CULPA, DÚVIDA, AUTO-CONDENAÇÃO, REJEIÇÃO, RESSENTIMENTO, INSEGURANÇA, AUTO-PIEDADE, TIMIDEZ, FANTASIA, DEPRESSÃO, CONFUSÃO, ENGANO, MENTIRA, ÓDIO, MEDO DE NÃO SER APROVADO.

Quando chegamos para o reino de Deus trazemos muito lixo mental, e agora precisamos: Ajustar nossos pensamentos com os pensamentos de Deus ( Is 55,8-9); Precisamos ter a mente de Cristo. Santa. Pura; Ter a mente renovada pela Palavra ( Rm 12,2).

Tudo o que fazemos e dizemos é reflexo do que está em nossa mente. Nossas decisões e atitudes estão refletindo o que ali se estabeleceu. Nossa mente é como um computador, só sai o que entrou, como um programa. A fonte que alimenta a mente deve mudar. Se alimentar com a palavra de Deus ( reprogramar).
Características dos maus espíritos que atuam na mente:

Os pensamentos de maus espíritos invadem, vem de fora para dentro. Entrando pela porta da mente. Pensamentos alheios a nossa escolha ou controle. Entram sem avisar ( sugestão). É preciso rejeitar pelo exercício da vontade.

Os espíritos demoníacos forçam, empurram, coagem o homem a agir imediatamente. Algo repentino, como: atire-se pela janela, porque não joga o carro contra o outro. O Espírito Santo não obriga.

Causam confusão mental, seus pensamentos se confundem, paralisando a mente e fazem com que a pessoa não pense de modo claro. O branco na mente é sintoma de uma influência estranha..

TUDO ISTO TEM UM OBJETIVO: CONTROLE DA MENTE


Faça um momento de oração em línguas preparando o momento para a ação do Espírito Santo. Peça para que as pessoas fiquem de duas em duas para orarem uma pela outra abrindo-se às moções do Espírito Santo. Faça uma oração de renúncia às imagens e pensamentos que atormetam a mente, como imagens distorcidas de Deus, baixa estima, viver se enganando, intrigas, ressentimentos, orgulho, incredulidade, rebelião, amargura, crítica, inferioridade, ciúme, suspeita, fracasso, competição, sentimento de culpa, dúvida, auto-condenação, rejeição, insegurança, auto-piedade, timidez, fantasia, depressão, confusão, engano, mentira, ódio, medo de não ser aprovado e tudo aquilo que o Espírito Santo revelar. Termine com uma oração de consagração a Maria.

Fonte: Com. Shalom

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CAMINHAR NUM PROCESSO DE CURA INTERIOR

SETE PASSOS PARA MINISTRARMOS CURA INTERIOR



Num processo de cura interior é muito importante que observemos alguns aspectos importantes. O primeiro deles é o exercício de uma verdadeira, autêntica e profunda vida espiritual. Através da vida de intimidade com o Senhor somos introduzidos num processo de cura, pois esta intimidade nos leva ao conhecimento de Deus e conseqüentemente ao auto-conhecimento.

Neste momento com o Senhor, o Espírito Santo está em ação e ilumina nossa inteligência, esclarecendo-a sobre fatos, sobre realidades profundas, sobre sentimentos, sobre verdades religiosas, sobre o plano de Deus para determinados momentos, mesmo que estes sejam muito doloridos, ajudando-nos a tirar conclusões sábias.

O Espírito Santo também age na nossa vontade, inspirando-lhe decisões acertadas, firmes, perseverantes, corajosas e criativas. Ele concede à vontade motivações sobrenaturais claras, convincentes e gratificantes, que nos impulsiona a agir com muito vigor, a entender com amor as motivações das pessoas que provocaram algum constrangimento a nós ou foram causa de traumas profundos.

O Espírito Santo age ainda na nossa imaginação, na nossa memória e na nossa afetividade, concedendo-nos imagens esclarecedoras, sejam elas acontecimentos do passado, da vida cotidiana. Pode inspirar sentimentos como compaixão, alegria, piedade, vigor, de gratidão... que são capazes de transformar, de dar vida nova aos corações e de nos reconciliar com a nossa própria história.

A busca intensa de Deus e da Sua verdade é muito importante, porque temos imagens e impressões muito deformadas dos acontecimentos, das pessoas e de nós mesmos, e não ficarmos limitados na superficialidade na cura interior, mas descermos ao mais profundo do nosso ser à luz de Deus. Não basta deixarmos que Deus retire a casca grossa das nossas feridas, mas permitir que a Sua luz penetre nas raízes das nossas feridas mais profundas, que muitos de nós não têm o conhecimento e que são verdadeiros obstáculos para a vivência da salvação em nossas vidas. A salvação precisa atingir nossas vidas como um todo.

A obra de salvação de Deus em nossa vida passa pelo auto-conhecimento. Este acontece a medida que o Espírito Santo nos revela a nossa verdade interior. Quanto mais nos aproximamos de Deus em espírito e verdade, mais ele nos revela a nossa realidade interior. É interessante observarmos isto, porque existem dois motivos que nos impedem de sermos curados e assim livres, a ignorância e o medo de olharmos para dentro de nós mesmos, preferimos culpar os outros. Quanto mais profunda for a ferida, maior o amor de Deus para nos curar.

O Senhor possui o remédio eficaz para a nossa ferida mais profunda. Aliás, só ele tem o remédio. Só ele é o remédio. Ele tem amor suficiente para derramar sobre as nossas feridas que doem, que queimam como um fogo, que ardem, que incomodam, como um bálsamo que as acalma, que as alivia e que as cura. É muito importante que aceitemos a nossa vida, a nossa história, o nosso passado e presente que temos.

É fundamental que aceitemos a dor, a ferida que temos em nossa vida. Devemos crer que esta dor se constituirá na manifestação da glória de Deus. É preciso trocarmos a amargura e o medo da dor pela esperança de que em Jesus venceremos, seremos transformados. Há um futuro para nós, por maior que seja a nossa dor, a nossa ferida. As nossas feridas se transformarão em pérolas, serão as nossas riquezas, não só para nós, mas também para os outros. Se deixarmos Deus trabalhar em nossas vidas, se deixarmos Deus penetrar naquela ferida, em vez de ser amargura, se transformará em amor. Não nos assustemos com a dor inicial, pois para Deus curar as feridas precisa abri-las, rasga-las. Diz São João da Cruz: “A chaga produzida pelo Espírito Santo será profunda, porque é feita por Aquele que só sabe curar”.

A graça do Espírito Santo é Luz e pode iluminar todas as áreas da nossa vida até que elas se tornem muito mais resplandecentes do que a luz do sol, do que os seus raios do meio dia, isto é, alcançarem a plenitude do Espírito. Quando o Espírito Santo inunda a vida humana com seus dons, o homem passa a se sentir extraordinariamente bem, com a alma cheia de um silêncio, uma paz, um calor e uma alegria inexplicável.

Uma delícia extraordinária! Acontece exatamente o que São Paulo diz: “O que os olhos não viram, o que os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” ( 1Cor 2,9). Todas estas graças que o homem passa a experimentar neste momento aqui na terra, nada é em comparação com o Bem Supremo que o Senhor tem preparado para ele na eternidade. É apenas uma antecipação da glória que desfrutará no céu.

A graça do Espírito Santo renova as forças humanas, formam-lhe asas como as águias, os impulsiona a correr e não se fatigar, a caminhar e não se cansar ( cf. Is 40,31). O Reino de Deus, que se entende pela graça do Espírito Santo, passa a habitar no mais profundo de nós, em nosso coração. E aí ele nos ilumina e aquece, alegra os nossos sentidos, enche o ar de perfumes suaves e sacia o nosso coração com seu amor, com alegria indizível. A nossa fé não é mais vacilante, frágil, nem de livros, nem de testemunho de outros, mas da manifestação do poderio do Espírito. Pequenos como somos, podemos, pela misericórdia de Deus sermos cheios da plenitude de Seu Espírito.

Precisamos decidirmo-nos em entregar verdadeiramente o nosso coração a Deus, passarmos a ser seus amigos de verdade. É isto que o Senhor procura um coração que o adore em espírito e verdade, um coração cheio de amor por Ele e pelo próximo, um coração cheio de fé Nele e em Seu Filho único, em resposta envia do alto a graça do Espírito Santo. Ele mesmo diz em Provérbios: “Meu filho, dá-me o teu coração, e o resto eu te darei por acréscimo” ( Pr 23,26). A saúde do nosso coração consiste no perfeito amor a Deus.

Nós não podemos nos desfazer do mal sozinhos, nem devemos deixar o tempo passar sem recebermos a cura dos nossos males porque não nos abrimos para a graça de Deus, precisamos da ajuda da graça divina. Quanto mais nos tornamos amigos de Deus mais experimentamos o seu amor por nós e mais o amamos e é essa relação de amor, de confiança, de abandono em suas mãos que vai nos configurando a ele e vamos nos sentindo extraordinariamente bem.

Para que o homem conheça a sua enfermidade, em primeiro lugar Deus o entrega a si próprio, para que ele compreenda que nada pode fazer por si, para compreender a sua impossibilidade e nunca julgar a graça divina como algo supérfluo. Chegando neste ponto em sua vida onde conheceu sua pequenez e sua enfermidade, o Senhor, convenientemente, lhe concedeu a sua graça pela qual se ilumina um cego e se cura um doente.

É importante o processo de cura interior porque na verdade as nossas feridas por serem frutos do nosso pecado e do pecado dos outros, estão ligadas diretamente a nossa vida com Deus. Pela ação da graça divina em nós somos iluminados para o conhecimento da verdade, somos esfriados para o desejo do mal, somos inflamados pelo amor as virtudes, somos comprometidos com a messe do Senhor, enfim amamos a Deus e aos irmãos com o perfeito amor.

Precisamos, portanto, ir além da teoria e praticarmos. Como? Nas orações pessoais ministre sobre você mesmo a cura interior, ore pela sua cura interior. Exponha a sua vida diante do Senhor. Dê espaço na sua oração pessoal para que a cura interior aconteça. Não tenha medo. Não resista. Você vai sentir mais bem-estar do que antes. Peça ao Senhor as manifestações dos Seus dons carismáticos.

Passos:

01. Coloque-se de maneira simples diante do Senhor;

02. Peça ao Espírito Santo que revele as feridas que Ele deseja curar.

03. Em nome de Jesus e diante de Jesus, ministre sobre si mesmo a aceitação deste fato do seu passado ou presente e num ato de fé creia que Jesus reverterá isto em um grande bem para você e para os outros.

04. Apresente a Jesus a área ferida, traumatizada, marcada .

05. Ore em línguas ministrando a cura do Senhor, o quanto a inspiração lhe mover. Neste instante abra-se ao Espírito pois pode o Senhor revelar palavras de ciência, sabedoria, profecia sobre esta situação.

06. Agradeça a Deus por esta área ferida, na certeza do grande bem (pérola) que está sendo gerado. Louve ao Senhor pelo bem que Ele lhe fez neste momento.

07. Não se esqueça que a cura interior é um processo que ocorre das mais variadas formas e que esta oração pode de acordo com a inspiração ser feita em repetidas oportunidades, entretanto, em cada uma delas, precisamos crer no poder de Jesus que se manifesta concretamente em nós.

Tenha coragem: comece a rezar, e verá quantas coisas o Senhor vai fazer em sua vida. Abra-se ao senhorio de Jesus e será salvo você e sua familia. É o Senhor quem derrama Seu espito e quando o faz tudo o mais será acrescentado.

Fonte: Cominidade Shalom

sábado, 21 de agosto de 2010

Na oração Deus se revela



O Espírito Santo não entra no coração de uma pessoa perversa

Ninguém se coloca sob o sol sem se queimar; se tomar sol você vai sofrer as consequências dele. Com Deus acontece algo semelhante, ninguém se coloca na presença d'Ele sem ser beneficiado pela Sua presença, as marcas da presença do Todo-poderoso também são irreversíveis. Irreversíveis para a nossa salvação. Quando nós nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo Ele nos dá liberdade. Nunca Nosso Senhor pensou em trazer você para perto d'Ele para limitar a sua liberdade. Se Deus Pai não quisesse que fôssemos livres, por que ele teria nos criado livres?

A nossa liberdade ficou comprometida por nossa própria culpa, porque quem peca se torna escravo do pecado. Pelo nosso pecado e pelos vícios que entraram em nossa vida, nós ficamos debilitados. Foi para sermos livres que o Pai do céu enviou Jesus. Deus Pai nos deu Cristo para nos libertar daquilo que nos amarrava.

É para que eu seja uma pessoa livre que Jesus Cristo me libertou, não para eu viver como um escravo, mas para que eu tenha liberdade! Cristo amou você, morreu em uma cruz por sua causa para que você não seja escravo do pecado. O Ressuscitado nos libertou de todo o mal, de toda a armadilha do inimigo, para que permaneçamos livres. Contudo, ninguém é livre na maldade.

Ninguém pode saber o que está em seu interior se você não abrir a boca e dizer. Quando você se põe a rezar, você esparrama o seu coração. Deus sabe separar as nossas loucuras e as nossas verdades. O Senhor sabe quando não estamos bem e o momento da oração é a hora de colocarmos todas as nossas perturbações na presença d'Ele. Quando você reza Deus Pai o refaz e o Espírito Santo o cura e o liberta. Rezar é você desnudar sua alma na presença de Deus ao se abrir a Ele. Quando voce reza, você está se pondo na presença do Altíssimo e assim será curado.

Quando você tira a roupa diante do espelho você vê o que quer e o que não quer. Na hora em que estamos rezando caem as nossas "roupas", espiritualmente falando e, do mesmo modo, vemos aquilo que queremos e o que não queremos. Tudo que eu faço de mau volta para mim no momento da oração. As feridas que nós ignoramos, na oração, não conseguimos ignorá-las, porque nesse momento Deus nos revela uma por uma para nos curar. No momento em que o Senhor nos mostra quem nós somos, Ele também mostra quem Ele é.

No momento em que você conhece ao Criador você conhece a si mesmo. Por isso que rezar não é coisa para qualquer um. Na oração, Deus se revela a mim, mas Ele também me revela a mim mesmo. Se Ele me revela uma coisa que não está boa, é porque é preciso consertá-la. Ninguém conhece ao Todo-poderoso sem antes entrar no próprio coração.

Na oração nós aprendemos a ouvir ao Senhor. Não existe ninguém que tendo rezado Deus não o tenha respondido. E se Ele não o faz diretamente, Ele vai fazê-lo por meio de uma pessoa ou de um fato. Mas que Ele responde Ele responde. Nós precisamos aprender a ouvi-Lo na oração, para conhecermos os planos que Ele tem para nossa vida. Ele projetou um caminho de felicidade para nós.

O Espírito Santo não entra no coração de uma pessoa perversa. O Paráclito não habita em um corpo que está sendo usado para o pecado. Nós podemos ter muito conhecimento, conhecimento você adquire com estudo, mas sabedoria quem dá é Deus. Uma pessoa perversa pode ter qualquer coisa, menos sabedoria.

O que é errado é errado hoje, foi errado ontem e será errado sempre! Não é porque a modernidade está aí que o que era errado deixou de sê-lo. Talvez o que você precise hoje seja abrir mão desta pendência que está dentro de você. Quem quiser receber de Deus uma resposta, quem quiser conhecer a Deus e a si mesmo precisará lutar pela sua pureza. O maligno tem pavor de gente que vive a purez! Muitas graças lhe são dadas porque o Espírito Santo se achega ao homem que vive a pureza.

O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo tem poder de nos purificar. Pela força da santa cruz todo o mal é vencido! Queira viver a pureza.

Márcio Mendes

domingo, 15 de agosto de 2010

Festa da Assunção de Nossa Senhora



Em Maria, Deus tem espaço para operar maravilha

"Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés, e uma coroa de doze estrelas na cabeça" (cf. Ap 12,1).

Admirável alegria a festa que neste domingo, exatamente o domingo dia 15 de agosto, estamos celebrando: A ASSUNÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA, NOSSA MÃE E SENHORA.

Nesta festividade se recorda a presença admirável da Virgem Maria na vida dos fiéis católicos, que em Nossa Senhora veem, ao mesmo tempo, a glória da Santa Igreja e a prefiguração de sua própria glorificação. A festa tem uma íntima dimensão de solidariedade dos fiéis com aquela que é a primeira e a Mãe dos fiéis cristãos. Daí a facilidade com que se aplica a Santíssima Virgem o texto de Apocalipse 12, conforme nos exorta a Primeira Leitura, originariamente uma descrição do povo de Deus, que deu à luz o Salvador e depois refugiou-se no deserto (a Igreja perseguida do primeiro século) até a vitória final do Cristo. Assim o Livro do Apocalipse (cf. Ap 11,19a;12,1-6a.10ab) nos apresenta o sinal da Mulher – Aparece no céu a Mulher que gera o Messias; as doze estrelas indicam quem ela é: o povo das doze tribos, Israel, mas não só o Israel antigo, do qual nasce Jesus; é também o novo Israel, a Igreja, que deve esconder-se da perseguição, no primeiro século depois de Cristo, até que, no fim glorioso, Cristo Ressuscitado possa revelar-se em plenitude. Maria assunta ao Céu sintetiza em si, por assim dizer, todas as qualidades deste povo prenhe de Deus, aguardando a revelação de Sua glória.

O momento da Anunciação de Nossa Senhora, que significa para nós católicos que a Virgem Maria é conduzida por Deus, de corpo e alma, para junto de seu Filho amantíssimo, na glória celeste, é cantado e celebrado com grandes galas pelo povo cristão, sendo para nós um santo mistério, o mistério da Encarnação de Deus.

Esta festa é considerada festa da nova criação. Isso porque, com a vinda do Filho de Deus em carne humana, Jesus se tornou a primeira de todas as criaturas, a cabeça de todos os seres vivos e n'Ele todas as criaturas foram regeneradas. A primeira criação ficou marcada pela desobediência. A segunda criação, por conseguinte, ficou marcada por um forte "sim" obediencial.

A morte nos veio por Eva, e a vida nos veio pela Santíssima Virgem Maria. Sim, a Anunciação celebra o início da nova criação, da nova vida, vida que ultrapassa o tempo da velha criação e jorra para dentro da eternidade de Deus.

O Altíssimo pediu a Maria o seu consentimento para que concebesse o Seu Filho Jesus. Nossa Senhora, assim, com seu FIAT, com o seu SIM, se tornou a Mãe do Doador da Vida, Aquele que é a Vida, e não apenas uma vida temporal, mas a vida eterna, as alegrias sem fim.

E a Virgem Maria deu o seu decidido "sim", tornando-se não só um instrumento passivo de Deus, mas também cooperadora do mistério da salvação. Maria Santíssima, a servidora, que sob seu Filho e com seu Filho, de toda a nova humanidade, é chamada à comunhão eterna com Deus.

Em Maria, o Todo-poderoso tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão cheios de si mesmo não O deixam agir e, por isso, são despedidos de mãos vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas d'Ele. O Filho de Maria coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois enquanto estes oprimem, ela salva de verdade.

(*) Texto adaptado da homilia do autor

FONTE: Canção Nova

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DOM DE CURAS



“a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas”. (1Cor 12,9)

O Dom de curas foi um dos dons plenamente vivenciados por Jesus como sinal de que o Reino de Deus havia chegado, de que se iniciava uma nova época de integridade física, moral e espiritual para o homem. O próprio Jesus disse isto quando João Batista mandou interrogar-lhe se era Ele mesmo o que haveria de vir ou deveriam esperar outro. “Voltem e contem a João tudo o que viram e ouviram: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam...” (Lc 7, 20-22).

Jesus veio para restaurar a ordem e para criar um homem novo. No primeiro Adão encontramos a morte da alma e do corpo; no novo Adão deveria ser restituída a vida em toda a sua plenitude. Ele veio para libertar-nos de todas as enfermidades físicas, quer das espirituais, tomando sobre si os nossos pecados, quer das enfermidades físicas, suportando também nossas doenças. Isaías já profetizava: “eram as nossas doenças que ele carregava, eram as nossas dores que ele levava em suas costas” (Lc 53, 4).

Todos quantos se aproximaram de Jesus foram curados. Curou-os nas estradas, dentro de casa, nas sinagogas e mesmo à distância: __ “Eu ordeno a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa” (Mc 2,11). __ “Estende a tua mão” (Lc 6,10). __ “Pode ir, a sua fé curou você” (Mc 10,52). __ “Vá se lavar na piscina de Siloé” (Jo 9,7) e, nenhum dos que se dirigiu a ele, Jesus disse: “aceita a tua enfermidade como bênção de Deus ou como sinal de predileção do Pai”. Em vez disso curou a todos, considerando as enfermidades como males que deveriam ser combatidos e eliminados. Por isso, é bom lembrar que as doenças não são bênçãos de Deus para nossa purificação. É antes de tudo um mal e, portanto, só podem ter origem da fragilidade humana ou então é ação daquele que é o maligno por excelência, satanás.

Desta forma, as curas não foram qualquer coisa complementar do ministério de Jesus. Ele não as chamou de milagres, mas de “obras de Deus”, isto é, componentes essenciais de sua missão salvífica, pois veio para libertar os homens de todos os males causados pelo pecado.

Os apóstolos então compreenderam que, o ministério das curas não havia sido cancelado com a ascensão de Jesus, mas que queria prolongá-lo através deles até o fim do mundo. Foi o poder que o Senhor conferiu a eles quando os mandou pela primeira vez a pregar o reino de Deus, deu-lhes os mesmos poderes carismáticos que Ele possuía: “curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios” (Mt 10,8).

Depois de Pentecostes, Cheios do Espírito Santo e conscientes de terem recebido a mesma missão e os poderes do Mestre, puseram em prática a graça recebida. Pedro foi o primeiro a viver esta experiência ao dizer ao paralítico na entrada do Templo: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu lhe dou em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levante-se e comece a andar”(AT 3,6).

Esta graça, porém, não foi conferida somente a eles, mas também aos simples fiéis. Paulo assinalava que os fiéis de Corinto possuíam efetivamente este dom (1Cor 12,9). Portanto, o dom de curas é uma reserva incomensurável que está à disposição de todo corpo místico de Cristo. È um dom real do Espírito santo, mas que requer nossa cooperação, tanto para quem ora, como para quem pede a cura.

Nisso, há certas condições que precisam ser preenchidas e que depende de nós. Não que tais condições sejam normas rígidas e válidas para todos, pois o Espírito não se deixa aprisionar, mas necessárias para que O sirvamos como instrumentos de sua glória. São medidas simples que fazem parte desse ministério:

1)Prepararmo-nos pela oração, expressando-nos com hinos de louvor, adoração, abrindo-nos a todos os carismas;

2)Pedirmos o dom do discernimento ao Espírito para conhecermos a verdadeira causa da enfermidade, quais as causas, quais os planos de Deus para o enfermo;

3)preparar o enfermo para o arrependimento ou fortalecimento de sua fé;

4)A imposição das mãos - Jesus nos orienta: “Imporão as mãos sobre os doentes e eles ficarão curados” (Mc 16,18b) ;

5) Oração de autoridade- Sabemos que “somos curados graças às chagas de Cristo”, apossemo-nos deste nome poderoso e oremos com fé, como ensina Pedro: “sê curado em nome de Jesus Cristo”. Outro ponto a não ser esquecido é, a oração em línguas que é um meio muito eficaz, por se tratar de palavras que provêm do próprio Espírito.

Já as condições que se impõem aos enfermos, sejam de doenças físicas ou psicológicas, é o desejo de querer ficar curado e Pedir a cura a Jesus- Jesus sabe de nossas dores, mas quer que façamos nossa parte. “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”! Pedir a cura com fé, pois ela é condição indispensável que Jesus apresentou para aqueles que dele se aproximaram: “Filha, a tua fé te salvou” (Mc 5,34); Remover os eventuais obstáculos que poderão bloquear a intervenção divina: pecados graves não confessados ou não se pediu perdão; a obstinação em não querer perdoar o mal que os outros fizeram; fortes ressentimentos de ódio ou rancor ou manifestar nenhum desejo de mudar de vida, pois, a “ cura não é um fim em si. Ela é ordenada a um bem superior, ou seja, a conversão que liberta todo o homem do domínio de Satanás, o que, certamente não poderá acontecer se o próprio homem quiser permanecer na morte espiritual”.

Deus, no entanto, poderia curar a todos sozinho. Para Ele nada é impossível e sempre age em favor de seu povo. Mas, nos chamou a estarmos com ele nessa missão de salvação. È dele que vem a missão de “Podermos cooperar na recuperação da saúde de um doente, bem como na libertação de quem se encontra aprisionado. Mesmo que Deus queira agir através do processo natural, a bênção da cura ou da libertação sempre é originada nele e foi alcançada pela intercessão do ministro que orou com simplicidade e fé carismática”.

Leila Lemos
Conselheira Geral da Bênção

domingo, 4 de julho de 2010



Em alguns períodos da nossa vida, podemos detectar em nós alguns dos sintomas da tibieza: a frieza, a apatia, o desânimo, a insatisfação com Deus e conosco mesmo, a falta de estímulos para a oração diária, e até mesmo a falta de forças para decidir por algo ou desistir de alguma coisa. Se sofremos deste mal, há esperança para nós e o remédio é infalível: precisamos de um novo, belo e santo Pentecostes!

É preciso, em primeiro lugar, tomar consciência da nossa condição de necessitados de uma renovação constante do Espírito Santo em nossa vida. O clamor constante e a abertura necessária à ação da graça farão de nós homens e mulheres fervorosos, capacitados pelo Espírito a transbordar no mundo o amor infinito de Deus.

Uma alma tíbia é uma alma morna, fraca, preguiçosa, desanimada e sem fervor. Esta “doença” traz sérias conseqüências, não só à nossa vida espiritual, mas a todas as realidades da nossa existência. Ela é consequência do pecado e desenvolve-se com facilidade nas almas que não são muito amigas das renúncias, sacrifícios e orações. Mas pouco adianta dizer, simplesmente, que é preciso aplicar à doença da tibieza o remédio do fervor. Seria como dizer a um doente que o remédio para ele é a saúde, ignorando que este é o seu problema: a falta de saúde.


O único remédio contra a tibieza é o Espírito Santo, porque não existe verdadeiro fervor se não for inflamado pelo fogo do Espírito. O pecado endurece o coração e torna a pessoa indiferente a Deus. O Espírito nos aponta as raízes do pecado, fortalece-nos para a batalha, fecunda em nós os seus dons, purifica-nos, aquece e inflama o nosso ser.

O Espírito Santo não se contenta em purificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação em nós até nos fazer “fervorosos no Espírito”. Comporta-se em nós como o fogo quando se apega à lenha úmida: primeiro a expurga, arrancando-lhe com barulho todas as impurezas, depois a inflama progressivamente, até que se torne toda incandescente e ela mesma se transforme em fogo. Ele, que faz novas todas as coisas, quer fazer fervorosos os homens tíbios.

Concretamente, isto quer dizer que o Espírito Santo nos preserva de cair na tibieza, e se por acaso já nos encontrarmos neste estado, livra-nos dela. É impossível sair da tibieza sem uma intervenção decisiva do Espírito; se tentarmos fazê-lo mergulharemos ainda mais no pecado do orgulho.

Olhemos para os apóstolos antes de Pentecostes: eram tíbios, incapazes de vigiar uma hora, discutiam sempre sobre quem seria o maior, ficavam espantados diante de qualquer ameaça. Depois que o Espírito veio sobre eles como línguas de fogo, tornaram-se a imagem viva do zelo, do fervor e da coragem. Fervorosos no pregar, no louvar a Deus, no fundar e organizar as Igrejas e, enfim, no sacrificar a vida por Cristo.

Cirilo de Jerusalém escreve: “Os apóstolos receberam o fogo que queima os espinhos dos pecados e dá esplendor à alma”, e um escritor medieval escreve: “O Paráclito que, em línguas de fogo, desceu sobre os apóstolos e os discípulos, desce também sobre nós como fogo: para queimar e destruir a culpa, para purificar a natureza, para consolidar e aperfeiçoar a graça, para expulsar a preguiça de nossa tibieza e acender em nós o fervor do seu amor” (Hermann de Runa, Sermões Festivos, 31).

Muitos santos passaram por um longo período de tibieza, mas nenhum deles foi santo sem ter sido encharcado, queimado, transformado pelo poder e ação viva do Espírito Santo.

“Passei nesse mar tempestuoso quase vinte anos, ora caindo ora levantando. Mas levantava-me mal, pois tornava a cair. Tinha tão pouca perfeição que, por assim dizer, nenhuma conta fazia de pecados veniais. Se temia os mortais não era a ponto de me afastar dos perigos. Sei dizer que é uma das vidas mais penosas que se possa imaginar. Nem me alegrava em Deus, nem achava felicidade no mundo. Em meio aos contentamentos mundanos, a lembrança do que devia a Deus me atormentava. Quando estava com Deus, perturbavam-me as afeições do mundo” (Santa Teresa de Jesus, Vida, 8,2).

Quando invocamos o Espírito, clamamos: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”, e ainda: “Aquece o que está frio”. Às vezes este clamor também é frio, porque fria é a nossa esperança. Em Ezequiel 37 temos outra imagem clara de um povo tíbio: “nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta”, mas é a poderosa ação do Espírito Santo que faz estes ossos secos retornarem à vida.

Com o auxílio da graça, portanto, é possível sair da tibieza e passarmos da condição de frios e temerosos a fervorosos no Espírito!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Encontro de Espiritualidade e aprofundamento do Apostolado da Bênção



"Invoca-me e eu responderei e te anunciarei coisas grandes e inacessíveis, que tu não conheces" (Jr 33,3)

Deus sempre cumpre o que promete. Nós o invocamos e Deus derramou sobre nós o seu imcomparável poder...

Não dá para descrever a experiência de amor que vivemos domingo, dia 20 de junho, na Casa Graça e Paz por ocasião do II Encontro Geral do Apostolado da Bênção.Só posso dizer que Bendito seja Deus que nos reuniu e 'fez grandes obras ao nosso favor'.

O convite que faço agora é focarmos nossa atenção ao chamado que o senhor nos faz: sermos apóstolos da bênção, portadores da graça de Deus, lembrando que "com seu divino poder, Deus nos concedeu todas as condições necessárias para a vida e a piedade, através do conhecimento de Jesus que nos chamou por sua própria glória e virtude".

É grande nossa responsabilidade, lembremo-nos! Aquele que é Caminho nos convida a também sermos caminhos para outros tantos. Por isso, não esqueçamos que o primeiro que precisa segui-lo sou eu mesmo. Como já meditavámos com a belíssima frase de Santo Agostinho: Eu amo Jesus Cristo e por isso mesmo ardo em desejo de lhe dar almas; antes de tudo a minha, depois um número incálculável de outras".

"A única maneira de tornar nossa vida cristã frutuosa é bebendo, por primeiro, da fonte que tanto nós convidamos os outros a beberem: Jesus. Sem isso vamos morrer na sequidão de um trabalho infrutífero que já não atrai mais ninguém, que já não muda mais a vida de ninguém, que já não mais impacta, questiona e arrasta".

A vida em Deus que nós propomos aos outros, vivamo-nas primeiro. As graças que nós oferecemos aos outros através das nossas pregções, orações, ministérios, expereimentemo-nas primeiro. Ninguém pode dar aquilo que não tem.

Se é a vida de Cristo que somos chamados a viver, é oportuno nos questionar: Tenho reservado tempo para as minhas orações pessoais, a Meditação Orante da Palavra de Deu? Tenho reservado tempo de recolhimentos a sós com Deus como fazia o próprio Jesus ao se retirar para os montes , a fim de se encontrar com o pai?

Deixo essas indagações e o profundo desejo de que cada Apostolado Local zele por aquilo que lhe é próprio. Logo seremos um grande exército e em ORDEM DE BATALHA.


Vejamos algumas fotos de nosso preciosos momentos.



















sábado, 5 de junho de 2010

SER DISCIPULADO É BOM DEMAIS!



Hoje, ao ler a postagem do Pe. Marcos, nosso Acompanhante e fundador do Discipulado de Jesus Cristo, voltei meus pensamentos para contemplar a minha história dentro dessa obra, que na verdade é, minha grande família de fé, formação, missão e aqui quero partilhar porque SER DISCIPULADO É BOM DEMAIS!

Eu conheço o Discipulado desde o começo. Faço parte das primeiras lutas, dos primeiros desafios e que não foram poucos. Trilhei com essa obra os pequenos passos no assumir nossa identidade, de encarná-la e hoje alegro-me com os grandes passos dados em nossa caminhada discipular, dos degraus que fomos galgando ao longo desses 10 anos. Percebo nitidamente a mão de Deus em tudo. É uma obra inteiramente d'Ele, pois esse projeto primeiro era d'Ele e que foi colocado, por escolha do próprio Deus no coração do Padre Marcos Oliveira para assumi-lo para nós e que me alcançou por Sua tão grandiosa misericórdia.

Recordo-me que eu estava completamente afastada da Igreja, nem mesmo fazendo o mínimo: ir as missas dominicais. Encontrava-me totalmente sem sentido, sem rumo. Minha vida era um marasmo e no final de maio de 2000 começou a transformação. Num fim de tarde, voltando do trabalho, encontrei em minha casa Pe. Marcos (que pouco conhecia). Ele era Vigário Auxiliar e responsável pelos Agentes de Pastoral da Paróquia de Cascavel. Tinha passado a tarde visitando a localidade, atrás de pessoas que quisessem começar a organizar uma Comunidade da Paróquia. Após muitos convites, nenhuma pessoa assumiu o compromisso. Alguns ainda demonstraram o desejo de participar de alguma atividade da Igreja, mas ninguém aceitou o compromisso pedido.

O padre precisava de pessoas que começassem a ser elos de ligação entre a localidade e a Paróquia e no decorrer da caminhada a Comunidade seria organizada. Resolveu ir embora após a pescaria frustrante. Já tinha passado bastante da minha casa quando sentiu Deus mandando-o olhar para trás e que entrasse naquele lugar. Voltou e entrou. Foi quando ficou conversando com a minha mãe até o momento da minha chegada. Então, explicou-me a razão da sua visita e me fez o convite para começar a ser representante da minha localidade na Paróquia.

Senti que ele havia sido enviado por Deus para mostrar-me o caminho da volta e, mesmo sem me achar digna e pronta, dei meu sim seguramente.
A forma de Deus mostrar seu amor por mim foi tão extraordinária que algo novo brotou do meu coração. O desejo de ser toda de Deus foi aos poucos tomando conta do meu ser. A partir disso, toda a força que faltava para pôr fim àquela prisão me foi dada e, de passo em passo, o Senhor foi devolvendo-me a alegria, a paz e o desejo de viver uma vida nova na Graça dAquele que tomou para si as minhas dores.

Voltei para a Igreja. Busquei a Confissão e a Comunhão depois de anos. Passei então a ver e a experimentar a Eucaristia como a rocha firme de minha nova vida. Passados três meses daquela visita fui convidada a participar do Discipulado de Jovens. Aceitei e, extraordinariamente, dois meses depois, já ingressava no grupo dos que fariam o Compromisso de Aliança.
(trechos do testemunho escrito para o Irmanador nº 5).
Minha volta, minha primeira conversão estava intimamente ligada a tudo o que Deus faria depois... Logo após o primeiro Compromisso de aliança, por sua missão sacerdotal Pe Marcos foi enviado a uma outra cidade e deixou-me no Acompanhamento do Discipulado de Cascavel.

Costumávamos nos encontrar na Casa Paroquial, primeira referencia do DJC. Com a saída do Padre tivemos que de imediato alugar uma casa que fosse a referencia dos primeiros Comprometidos de Aliança. Eram os primeiros passos e eu não entendia muito da nossa missão, só sabia que não poderia deixá-la morrer. Foram momentos muitos difíceis, desde não ter todos os meses o dinheiro para pagar o aluguel(mas nunca deixamos de fazê-lo), ate as dificuldades da caminhada fraterna. Mas acredito que ali, em meio às dificuldades, nossa identidade foi sendo forjada, nosso amor ao DJC se firmando e nossa caminhada sendo feita.

A partir daí a graça foi se derramando mais. Logo, após assumir a nova Área Pastoral, Pe. Marcos já começava outro Discipulado Local. Novas lutas, novos desafios e ai final de 2002 éramos mais de 60 Comprometidos de Aliança. Depois de 2 anos nascia o DJC Palmacia. Depois veio do DJC da Vila Manoel Satiro. A Missão Graça e paz e por último, o mais novo: O DJC do Antonio Bezerra.

Tenho visto e acompanhado todos esses passos: as proezas, os milagres, as maravilhas de Deus a cada momento, nossa comunhão com a Igreja, bem como muitos dos desafios, das batalhas, da busca e preservação de nossa identidade em cada local.

Eu me sinto muito privilegiada por participar do começo dessa historia [Discipulado].. Foi um tempo muito profundo para mim, um tempo em que eu aprendi muitas coisas e uma delas, AMAR PROFUNDAMENTE NOSSA MISSÃO. Como poderia ser diferente se Deus o concedeu como base de minha vida discipular?.

Eu não tenho dúvida de que tudo o que eu vivo, hoje, na minha caminhada na Igreja de Cristo, no meu ministério de Acompanhante Local do DJC-Cascavel, Membro do Conselho Geral (Conselheira Geral do Apostolado da Benção) tem fundamentalmente a presença do DJC que me ensina, do DJC que me forma. Sem dúvida nenhuma, eu falo isso – sem medo de errar – que muito do que sou hoje é porque faço parte dessa grande obra de Evangelização que é o DJC de Jesus Cristo que amo e tenho dado muito dos meus dias, das minhas horas pois acredito no DJC, naquilo que Deus tem feito em nós e através de nós. Amo por que conheço. Amo porque sofro e sofro porque AMO. "Só se ama aquilo que se conhece".

E você conhece nossa história? Ainda não? Tem esperado o que para testemunhar esse amor? Pra vestir a camisa do Nosso DJC. Ela traz muitas alegrias e não deixa faltar a cruz. Que maravilha! Nas primeiras comunidades, os discípulos eram também conhecidos pelo o amor que os unia e claro, suas vidas testemunhavam a presença de Jesus, na alegria e na tristeza, nos milagres e nas perseguições.Era uma verdeira aliança de amor. Eles eram DISCIPULOS DE JESUS.

Teria eu muitas razões, muitos prodígios a narrar de nossa caminhada. Mas o existir do DJC já é razão de louvores eternos ao Senhor. A presença de Deus nele, transformou, mudou minha vida completamente. Sou Comprometida de Aliança há 10 anos com Jesus dentro do DJC e essa Aliança feita com o Senhor e selada pelo Espírito Santo é, para toda eternidade.

E você, tem razões para afirmar que SER DJC È BOM DEMAIS?

Partilhe conosco enviando sua experiência para djc.partilha@hotmail.com Anuncie, proclame, como diz São Paulo, no tempo oportuno e inoportuno que ser de Deus, que ser DJC È BOM DEMAIS!

Faça como o Rodrigo do SJC-Jovens da Vila Manoel Sátiro

O DJC pra mim é muito importante porque ainda sou muito jovem e depois que entrei no DJC eu vi que a verdadeira alegria esta em Deus e não no mundo e ele transformou minha vida. Depois que minha mãe entrou ela mudou muito e eu gostei .Ela se transformou totalmente em Deus e agora aqui em casa minha mãe só escuta radio católica; não se escuta mais musicas do mundo
Eu o amo porque estamos servindo a Jesus, o nosso salvador e não a qualquer pessoa.