segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nova Evangelização - É preciso reacender em nós zelo das origens



Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos e lhes deu uma ordem: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Deu-lhes essa ordem porque tinha consciência do grau de amizade que havia entre eles, sabia que sua pessoa e sua mensagem estavam impregnadas de forma profunda no coração – fonte central de onde emanam as decisões, os impulsos desinteressados do amor – dos seus discípulos.

Diante da recomendação incisiva de Jesus, os discípulos decidiram com mais radicalidade dar uma resposta concreta, com a própria vida ofertada em testemunho da pessoa admirável, apaixonante, sedutora de Cristo, o único capaz de fazer o homem verdadeiramente feliz.

Ardia dentro deles uma brasa que se transformava em chama vida, em sede de Deus, que nunca os deixava em paz, como a sarça ardente que sempre ardia e nunca se consumia. Uma sede enigmática que, quanto mais saciava, mais insaciável se tornava. É certo que, só um coração deslumbrado, seduzido pelo Altíssimo, não se reduz a alguns esquemas mentais, porções de palavras, lógicas e especulações humanas que emergem da pobre visão que se tem de Deus: um deus que não queima, não refresca, não alimenta, não estremece, não seduz; é uma idéia, uma teoria, um deus que não é o Deus vivo.

Hoje, também o Papa nos conclama a “lançarmos as redes”, tornarmo-nos “pescadores de homens” para levá-los à fonte da felicidade, que é o próprio Cristo. Mas para desempenharmos esta missão é necessário termos um coração apaixonado.

São estas as palavras do nosso pastor: “É preciso reacender em nós o zelo das origens, deixando-nos invadir pelo ardor da pregação apostólica que se seguiu ao Pentecostes. Devemos reviver em nós o sentimento ardente de Paulo que o levava a exclamar: ‘Ai de mim se não evangelizar’.” (No Início do Novo Milênio).

Só quem tem um coração apaixonado – como o de Paulo, que tudo perdeu, enfrentou tempestade, correu risco de vida, consumiu a vida por Cristo e, movido por sua graça, partiu, serviu, dispôs-se a tudo, sem cálculos ou reservas, por amor a Deus e aos que sofrem, por paixão a Cristo e aos homens, paixão esta que desemboca em missionariedade – é inflamado pela pessoa de Cristo e por sua mensagem de paz e de amor e contagia outras pessoas.

Diz ainda o Papa: “É preciso um novo ímpeto apostólico, vivido como compromisso diário das comunidades e grupos cristãos... Cristo há de ser proposto a todos com confiança. A proposta deve ser feita aos adultos, às famílias, aos jovens, às crianças, sem nunca esconder as exigências mais radicais da mensagem evangélica, mas adaptando-a, quanto à sensibilidade e à linguagem, à situação de cada um, segundo o exemplo de Paulo, que afirmava: ‘Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a todo custo’.” (No Início do Novo Milênio).

Só quem teve uma experiência real com Jesus é capaz de ser sua testemunha, e nós sabemos que milhares e milhares de pessoas, no mundo inteiro, tiveram essa experiência, foram agraciadas pela ação poderosa, forte e transformadora do Espírito Santo, experimentaram o amor infinito e profundo Deus, capaz de tudo pelo homem, por cada homem.

O encontro com Jesus nos leva a experimentar concretamente a cura da alma, do coração e do corpo. É uma experiência de liberdade que produz inevitavelmente a felicidade, perdoamos, amamos nossos inimigos, amamos a Igreja e nos comprometemos com ela, com a comunidade a que pertencemos; louvamos sem cessar, mesmo nas tempestades; queremos permanecer por horas infindáveis na presença do nosso Amado, conhecer sua Palavra e sua Mãe com mais intimidade; sentimo-nos irmãos de todos, amamos a todos sem distinção de raça, cor, classe social, cultura...

As colunas do nosso “eu” se derretem na fornalha do amor. Somos mergulhados na morte de Cristo e com Ele ressuscitamos. A nossa história – passado, presente e futuro – muda quando experimentamos o amor de Deus, quando o Pai emerge do mais profundo do nosso coração com um olhar amoroso, envolvendo-nos com um amor sem medidas... Diante de tudo isso, só nos resta permanecer imóveis, paralisados, vazios de tudo.

Tendo provado dessa experiência, não podemos retê-la para nós mesmos. Somos impulsionados a partilhá-la, a divulgá-la, a partir em direção aos irmãos para falar de Jesus e do que Ele pode fazer por nós, ministrar o shalom do Pai ao mundo. É urgente a evangelização, principalmente nestes tempos em que a paz está tão ameaçada. Evangelizar é anunciar a paz. Jesus é o Príncipe da Paz, Ele veio trazer a reconciliação dos homens com Deus, e dos homens entre si. É preciso ministrar a graça da salvação que inunda todo o nosso ser e nos faz criaturas novas.

Um dos maiores serviços de promoção humana é a evangelização. O encontro com Jesus resgata a excelência da dignidade humana, coloca o homem em harmonia com Deus, tira-o do vale da mentira que o seduz e o coloca no cume da montanha da verdade.

Não existe experiência melhor na vida de um homem do que ser evangelizado. Deus preenche o vazio do nosso coração dolorido, machucado, muitas vezes exilado em terras distantes da caridade, da misericórdia de Deus.

Evangelizar é assumir uma causa com todo o coração, é colocar-se ao inteiro dispor para ser instrumento do amor de Deus. É ser ponte sobre o abismo aterrador que existe entre os homens que estão longe de Deus. É ser canal da presença pura e essencial, amante, envolvente, onipresente de Deus. Essência da existência e fundamento do ser do homem.

Era o que sentia e expressava São Francisco de Assis: “Meu Deus e meu tudo!”, é a maravilhosa graça de ser “porta” para os homens passarem para Deus, para o vasto oceano do seu amor, do qual já se provou. É ser instrumento para retirar a poeira da confusão, do pecado e da dor. É muito mais do que cantar, pregar, escrever, pastorear, ensinar, rezar por cura, aconselhar, dançar, interceder, falar de Jesus... é dar a vida. É sofrer por amor.

Convém compreender que a palavra paixão encerra amor e dor. Foi isto que São Paulo viveu por Jesus e pelos homens, seus irmãos, uma paixão arrebatadora, que o deixava fora de si, por aquele que é enormidade, imensidão, eternidade, transcendente a si mesmo.

Só importava a São Paulo absorver Jesus e fazê-lo absorvido pelos seus irmãos, vivê-lo com a máxima potencialidade e fazer com que os outros, o maior número possível de homens, o vivessem assim também.

Evangelizar com o “ardor da pregação apostólica que se seguiu ao Pentecostes”, como nos conclama o Papa, é fazer Deus conhecido por todos os povos, é revelá-lo a eles. E deste conhecimento e revelação acontece a libertação do homem. É sermos mediadores da graça de salvação para o mundo. Ir ao encontro do menor irmão e ajudá-lo a conhecer a vontade de Deus.

O evangelizador cheio de ardor apostólico precisa se configurar a Jesus Cristo, ter os seus pensamentos, sentimentos, visão, dar a vida pelas ovelhas. Às vezes, enganamo-nos pensando que estamos dando a vida por Deus e pelos seus queridos, quando na verdade estamos dando a vida por nós mesmos. Deus está servindo apenas de palanque para aparecermos e buscarmos nossa glória. Por isso, o evangelizador precisa fazer-se pequeno e dedicar-se, entregar-se, empenhar-se consumindo-se pela salvação em Cristo Jesus de cada pessoa, de cada homem que lhe foi confiado. Por todos e por cada um.

Para evangelizar com ardor apostólico é preciso não dar satisfação ao próprio “eu”, não se justificar, esquecer-se, negar-se a si mesmo, não querer ter direitos, regalias, para que os outros tenham vida. A este evangelizador, o que poderá ofender? Nada! Nenhuma situação dolorosa ou imprevisível pode ferir ou desintegrar a estabilidade psíquica de um pobre de Deus que deseja anunciá-lo a todo custo.

O evangelizador deve repousar o seu olhar, como Jesus, sobre aquelas pessoas sofridas, cansadas, feridas, exaustas, desgastadas pelo mundo... Deve enxergar a necessidade de cada pessoa e tudo fazer para que ela experimente o amor, a caridade, a acolhida, o cuidado, a cura de seus males, o bom alimento que é Jesus Cristo. Somos chamados a ser um sinal de Cristo no meio dos irmãos, a ofertar a nossa vida em favor deles.

Ao olharmos para as pessoas e a situação em que hoje, infelizmente, muitas delas se encontram, percebemos que faltam operários para a messe, que é abundante. Faltam evangelizadores que se disponham a tudo, não meçam esforços, esqueçam seus problemas e suas feridas, esqueçam o seu descanso e velem sobre o rebanho do Senhor. O homem não descansará no instante em que morrer, mas a partir do momento em que passa a viver com Deus.

O evangelizador precisa colocar o coração naquilo que faz. Com o coração ofertado o homem convence, arrebata e apaixona outros. Incendeia os demais corações por Cristo quem põe o seu próprio coração a serviço dele. Somente um coração apaixonado é capaz de contagiar de amor outros corações.

Por isso, você, que agora lê este artigo, não hesite, siga os impulsos do seu coração. Não seja surdo ao amor, não se incline para a razão prescindindo do amor. O amor vem da fé, e a evangelização é fruto do amor.

Vá agora! Não espere! Não calcule! Não tenha medo! Não adote medidas ou cautelas. Tenha confiança, ponha-se a caminho, a serviço dos que precisam encontrar o amor de Deus, a liberdade de todo o seu ser. Abandone tudo o que prende ou obstaculariza você, porque só Deus vale a pena. Tudo é nada diante dele: estudos, trabalho, hobbys, diversões, expectativas, planos e ilusões...” Tome uma decisão, Ele o espera. Ele precisa de você. Ele o chama. Você colocou a mão no arado..., não olhe para trás, se o fizer, não é apto para o Reino (cf. Lc 9,62).

Ponha suas mãos nas mãos de Deus e se lance no imprevisível, sem medo. Vá decidido, sem pensar duas vezes. Doe sua vida a Deus e aos irmãos. Aja imediatamente. Vença o respeito humano, supere seus preconceitos. Evangelize com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todas as suas forças! Muitos precisam de Deus, de paz, de amor. Mãos à obra, porque pouco ou nada fizemos. Por amor a Jesus, deixe seu coração vencer a razão!

Germana Perdigão
Consagrada na Comunidade de Aliança Shalom

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

“Que todos sejam um... para que o mundo creia”


“... que todos seja um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”
(Jo 17,21).

“Este texto do Evangelho de São João nos coloca, com a mente e o coração no Cenáculo, o lugar da Última Ceia, onde Jesus antes da sua Paixão reza ao Pai pelos apóstolos. Logo depois de lhes confiar a Santa Eucaristia, os constituiu ministros da Nova Aliança, continuadores da sua missão de salvar o mundo.

Nas palavras do Salvador emerge o gritante desejo de resgatar a humanidade do espírito e das lógicas do mundo. Ao mesmo tempo, emerge a convicção de que a salvação passa através daquele ser “uma coisa só”, que, ao modelo da vida trinitária, deve caracterizar a experiência cotidiana e as escolhas de todos os seus discípulos.

“Ut unum sint! – Para que todos sejam um!” (Jo 17,21). O Cenáculo é o lugar da unidade que nasce do amor. É o lugar da missão: “... para que o mundo creia!” (ibidem). Não acontece evangelização autêntica sem a plena comunhão fraterna.

Por isso, na tarde do primeiro dia depois do sábado, manifestando-se no Cenáculo aos seus discípulos, o Ressuscitado confirma a estreita ligação entre missão e comunhão, dizendo a eles: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21) e acrescenta: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,22-23).

E ainda no Cenáculo, no dia de Pentecostes, os apóstolos reunidos com Maria, a Mãe de Jesus, recebem o Espírito Santo, que se manifesta “como um vento impetuoso que veio do céu e encheu toda a casa onde se encontravam, enquanto línguas de fogo ... se dividiam e pousavam sobre cada um deles” (At 2,3). Do dom de Cristo ressuscitado nasce a humanidade nova, a Igreja, na qual a comunhão vence a divisão e a dispersão, geradas pelo espírito do mundo e simbolizadas pela narração bíblica da Torre de Babel: “cada um os escutava falar na sua própria língua” (At 2,6). Tornados uma coisa só pela obra do Paráclito, os discípulos se tornam instrumentos do diálogo e da paz e iniciam a sua missão de evangelizar os povos.

“Para que todos sejam um”. Este é o mistério da Igreja desejado por Cristo. A unidade fundada sobre a Verdade revelada e sobre o Amor não anula o homem, a sua cultura e a sua história, mas o insere na comunhão trinitária, onde tudo o que é autenticamente humano torna-se enriquecido e potencializado.

É este um mistério bem significativo também nesta liturgia, concelebrada por Bispos e Sacerdotes católicos de tradição oriental e de tradição latina. Na humanidade nova, que nasce do coração do Pai e que tem por Cabeça Cristo e vive pelo dom do Espírito, subsiste uma pluralidade de tradições, de ritos, de disciplinas canônicas que, longe de insidiar a unidade do Corpo de Cristo, ao contrário a enriquece dos dons trazidos por cada um. E nela se repete continuamente o milagre do Pentecostes: homens de línguas, tradições e culturas diversas se sentem unidos na profissão da única comunhão, que nasce do Alto.

“Um só corpo, um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação com que fostes chamados” (Ef 4,4). Na realidade dos mártires da vossa Igreja não aparece a realização das palavras do apóstolo Paulo? Ele dizia aos cristãos de Éfeso: “Exorto-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação com que fostes chamados: com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,1-3).(...)

“Ut unum sint!” Queremos unir-nos à oração do Senhor pela unidade dos seus discípulos. É uma invocação pela unidade dos cristãos. É uma oração incessante, que se eleva dos corações humildes e disponíveis a sentir, pensar e trabalhar generosamente para que possa se realizar o desejo de Cristo. Desta terra, santificada pelo sangue de inteiras fileiras de mártires, elevo convosco a minha oração ao Senhor para que todos os cristãos voltem a ser “uma coisa só”, segundo o desejo de Jesus no Cenáculo. Possam os cristãos do terceiro milênio apresentar-se ao mundo com um só coração e uma só alma!

Confio este ardente desejo à Mãe de Jesus, que desde os inícios reza com a Igreja e pela Igreja. Possa ela, como no Cenáculo, sustentar-nos com a sua intercessão. Guie-nos sobre a estrada da reconciliação e da unidade, para que em toda parte da terra os cristãos possam finalmente anunciar juntos Cristo e a sua mensagem de salvação aos homens e às mulheres do novo milênio.

Papa João Paulo II

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REDE DE INTERCESSÃO


Queridos Irmãos e irmãs do Blog,

Graça e Paz da parte de nosso Amadíssimo Deus!

Estamnos iniciando hoje nossa Rede de Intercessão pelo BLOG. Nesta semana quero convidar todos a suplicarmos pela Unidade do Discipulado, num só coração e numa só alma, pois é o 'Espírito Santo quem nos une num só corpo, em seu Amor'.

O próprio Jesus orou pela unidade dentro da Sua Igreja: "que eles sejam um, assim como nós somos um" (João 17.11). Daí, a busca desta unidade é essencial para os Cristãos e devemos nos esforçar ao máximo para que ela se torne uma realidade: "Mantenham entre vocês laços de paz, para sonservar a unidade do Espírito. Há um só corpo e um só Espirito, assim como a vocação de vocês, que age por meio de todos e está presente em todos" (Ef 4.3-6).

Eis aí o esforço que peço a cada um, de modo especial aos que fazem o Apostolado da Bênção de cada DJC Local. É nosssa luta, é nosso esforço! É hora de cada um de nós levantarmos as mãos aos céus em intercessão, é hora de dobrarmos os joelhos diante do Senhor, e conquistar no poder de Deus a vitória tão esperada, e se ela não vier o Senhor nos dará forças para suportar a provação e as adversidades. È hora de dobrar a vigilância e não cairmos na tentação de cansarmos de interceder, na tentação do isolamento sem valorizar a dimensão comunitária.

Nesta perspectiva, trago para que meditemos um texto postado por Pe. Roger da Com. CN que tras de modo simples e fundamentada na Palavra de Deus, a importância da Intercessão.

"A intercessão muda qualquer situação. Veja Moisés ao interceder por Israel quando enfrentaram uma grande batalha contra os amalecitas que eram um povo muito mais preparado para a guerra do que eles que estavam saindo de um tempo de escravidão no Egito. Era num sentimento de fraqueza que esse povo se encontrava, sem muita esperança, sem muita solução, achando o inimigo muito mais forte, maior do que suas capacidades, imbatível. Porém, Moisés deu uma ordem ao seu servo Josué: “Escolhe alguns homens e sai para combater contra os amalecitas. Amanhã estarei de pé no alto da colina com a vara de poder divino na mão”. (Js 17, 9).

Se percebemos a ordem de Moisés, ele deixou de confiar somente nos homens que foram escolhidos para irem a essa batalha, existia algo muito diferente acontecendo neste combate, pois esse grande líder chamado Moisés, decidiu fazer uma linda experiência - colocar Deus no combate - ou seja, alcançar a vitória no poder de Deus, na força da intercessão, e não simplesmente pela força humana.

Essa deve ser também a nossa postura, de todos nós que enfrentamos essas inúmeras batalhas no dia-a-dia, todas aquelas que já mencionei e as que não mencionei e que você as esteja vivendo. Colocar Deus na frente destas batalhas, conquistando a vitória pelo poder da intercessão, do clamor, das mãos levantadas e dos joelhos dobrados e calejados. Preciso dizer para você nesta hora: ESTA SITUAÇÃO TEM JEITO!!!


“Enquanto mantinha a mão levantada, Israel vencia, mas quando abaixava a mão, vencia Amalec”.
(Ex 17, 11). Quando nos decidimos por entregar a Deus tudo o que vivemos através da intercessão, há a certeza da vitória, ou se ela não vem de imediato Deus nos dá forças para continuarmos lutando no meio da tribulação.

Mas percebemos também que Moisés começou a se cansar diante da batalha e não conseguindo permanecer com as mãos erguidas Aarão e Hur foram seus ajudantes nesta intercessão, segurando seus braços para o alto, colocando pedras para que Moisés apoiasse os braços. Isso mostra o quanto precisamos uns dos outros, e principalmente o quanto necessitamos colocar em comum as nossas intenções para a intecessão, fazendo assim uma corrente de oração, para que o Senhor seja o grande vencedor em tudo o que vivemos e entregamos a Ele".

Por isso irmãos vamos a batalha! Coloque-se na presença de Deus e roguemos por essa intenção comum e estaremos fortalecendo nossa missão, bem como nossa caminhada, nossos ministerios e apostolados.

VOCE PODE DEIXAR TAMBÉM SEU PEDIDO DE ORAÇÃO NA CAIXA DE TEXTO AO LADO e nós rezaremos por você.

Mãos e corações à obra!

Leila Lemos
Conselheira Geral do Apostolado da Bênção

sábado, 2 de outubro de 2010

Olhar a pessoa com o coração



Somente um coração curado poderá ter um olhar generoso!

Olhar a outra pessoa com o coração. Esta frase parece estranha, pois nós olhamos com os olhos e não com o coração. Mas estou utilizando esta expressão um tanto poética para dizer que o nosso olhar deve ter sempre uma fonte de julgamento: o coração. Isto porque sempre que olhamos para alguém acontece naturalmente um julgamento, uma análise. Vemos o seu exterior, a situação que se nos apresenta. Quantas vezes olhamos para uma pessoa e a realidade dela naquele momento é reprovável ou triste. Outras vezes olhamos a atitude errada de alguém e logo o julgamos e o condenamos somente com o olhar. Noutro momento a situação é bela e grandiosa: alguém fazendo o bem, outra sendo generoso e o aprovamos de imediato.

A reflexão que estou partilhando com você é esta: o julgamento que exprimo com meu olhar reflete a realidade interior que estou vivendo. A Bíblia diz que o olho é o espelho da alma. Por isso, muitas vezes, quando não estamos bem, quando nosso interior está machucado pelas agressões que a vida nos proporciona, quando perdemos o sentido para fazer algumas coisas, ou estamos precisando ser amados, normalmente vemos e julgamos de forma negativa as situações e as pessoas.

Para olharmos o mundo com o coração, isto é, transformarmos este olhar em um olhar positivo, é preciso curar o próprio coração. Muitos dão nome a isso de cura interior. Todos precisamos de cura interior. E este é um processo que começa quando temos a coragem de apresentar a Deus as nossas feridas, fraquezas, pecados e imperfeições, também os sofrimentos que a vida nos proporcionou, as pessoas que nos feriram, e pedir que a força redentora da cruz de Cristo atinja tudo isso e restaure, com o Seu supremo Amor, os sentimentos do nosso coração. O passo seguinte é projetar em Jesus uma vida nova, uma nova chance de recomeço, deixando para o passado as situações dolorosas, depositando nos sofrimentos de Cristo, na cruz, os nossos sofrimentos e pecados, rancores e ressentimentos, mágoas e decepções.

Somente um coração curado poderá fazer com que você e eu possamos ver o mundo e as pessoas com um olhar generoso, capaz de obscurecer os erros e elevar as suas qualidades. Eu quero chamar isto de: olhar a pessoa com o coração. Mas com um coração renovado e curado.

Quem sabe você também não esteja precisando ter este olhar. Então a dica que eu deixo para você é: procure curar o seu coração, reze nesse sentido e peça a Jesus a sua cura interior, deixando toda a mágoa provocada pelas situações passadas depositadas no coração d'Ele e se abra para uma vida nova. Com certeza, o seu relacionamento com as pessoas com quem convive, seja esposa, seja esposo, namorado, filho, filha, irmãos será iluminado por uma nova luz, a luz do amor.

Deus o abençoe!

Diácono Paulo Lourenço

Fonte: Canção Nova